O número de homicídios em Alagoas nunca foi tão baixo desde 2011. Dados do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) mostram que o estado conseguiu reduzir, de janeiro a maio de 2019, os Crimes Violentos Letais e Intencionais em 51,85% comparado ao mesmo período de 2011, o ano mais violento da história recente de Alagoas. O balanço foi apresentado à imprensa em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (7), pelo governador Renan Filho e a cúpula da Segurança Pública.
Nos cinco primeiros meses deste ano, Alagoas registrou um acumulado de 528 homicídios, contra 1.047 ocorridos no mesmo período de 2011. Maceió segue a mesma tendência de queda, com 157 mortes este ano contra 422 de janeiro a maio de 2011, quase dois terços de redução na capital. “Temos hoje a melhor estatística de segurança pública avaliada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do país. Esses números expressam a sensação de segurança que o cidadão sente hoje, maior do que já foi no passado. É muito significativo, provavelmente a maior redução do país”, disse Renan Filho.
Em nove anos, este também foi o melhor maio no estado, com 104 mortes. No pior ano da série histórica de Alagoas, 2011, foram registrados 211 homicídios. Em Maceió, foram registrados 30 CVLI em maio de 2019, menos da metade dos 79 ocorridos em maio de 2011.
“Isso é muito importante, porque aqui em Maceió está localizada a maior parte da violência. Tivemos um mês em 2011 que registrou 110 homicídios, enquanto que no último maio tivemos 30 crimes. Naquele momento, em 2011, as pessoas estavam com medo de ir num restaurante, na farmácia, numa sensação de insegurança brutal e com o estado há dez anos como líder de violência no Brasil”, afirmou o governador Renan Filho. “Essa é a grande mudança da Segurança Pública”.
O resultado positivo do investimento do Estado no combate à violência também é comprovado pelo comportamento decrescente da curva de homicídios de julho de 2018 até hoje, comparada mês a mês com o ano anterior. São onze meses seguidos registrando um número menor de assassinatos do que o ano anterior.
“Além de a gente ter reduzido a violência, a violência está oscilando menos. A curva está bem mais estável, o que significa dizer que a política de segurança está mais estável e que houve uma estabilização da violência. Antes havia redução seguida de aumento. Agora estamos estabilizando, variando pouco o número de homicídios, na casa dos cem por mês e com chances de cair”.
O secretário de Segurança Pública, Lima Junior, destacou que os números positivos são resultado da consolidação da política de Segurança Pública implementada na gestão Renan Filho: “Estamos observando que são 11 meses consecutivos de redução de violência. É um dado muito forte que se deve às políticas do governo, com o Força Tarefa, o Ronda no Bairro, os Centros Integrados, fortalecimento do efetivo, além do apoio logístico que temos hoje e que nunca existiu para fortalecer o combate ao crime”.
Comparação com maio de 2018 – De janeiro a maio deste ano, o número de homicídios caiu 23,5% em Alagoas e 29,3% na capital, Maceió, em relação ao mesmo período de 2018. Só no mês de maio deste ano, a redução foi de 16,8% em Alagoas, comparado com o ano passado, e de 16,7% na capital.
AL melhora cinco posições no Atlas da Violência – Renan Filho destacou a redução da violência em Alagoas apontada pelo Atlas da Violência 2019, divulgado esta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
“Nessa semana saiu o Atlas da Violência, que durante dez anos nos colocou como o estado mais violento do Brasil. Mesmo com aquela guerra de facções em 2017, naquele ano nós saímos do 2º lugar para o 7º lugar no ranking de violência no Brasil. Certamente quando for produzido o mapa de 2018 e 2019, nós vamos sair dos dez estados mais violentos do país”, declarou o governador. “Vamos lutar, agora, para que a gente tenha uma taxa de homicídios em Alagoas menor que a taxa média do Brasil Será muito simbólico para nós que lideramos por tanto tempo esse ranking”.