Informações das amostras serão inseridas na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos
O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística retornou, nesta quarta-feira (19), a coletar material biológico de reeducandos condenados do Sistema Penitenciário de Alagoas. A ação visa cumprir a lei que prevê a coleta de perfil genético para inserção na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).
De acordo com perita criminal Rosana Coutinho, chefe do Laboratório Forense, esse trabalho foi iniciado em dezembro do ano passado quando foram coletadas 420 amostras de reeducandos. A meta para este ano estabelecida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça é de que sejam feitas 2500 coletas.
“Hoje foram feitas 115 coletas de reeducandos condenados que se encontram na Casa de Custódia da Capital (CCC). Através de uma parceria que temos com a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) foi montado um cronograma para cumprir a meta estabelecida pelo Governo Federal”, explicou a chefe do laboratório.
Rosana Coutinho que participou da coleta juntamente com as peritas criminais Marina Mazanek, e Carmelia Miranda explicou que todos os estados estão coletando esses dados para serem inseridos no banco de perfil genético de acusados de crimes violentos contra a pessoa e crimes hediondos. A coleta do material biológico é feita de forma rápida e indolor, através de um kit oral.
“Após a coleta, nós levamos o material para o Laboratório de Genética Forense, onde realizamos todo o processo de extração do DNA para traçarmos o perfil genético do reeducando. Em seguida, todas as informações são inseridas no servidor do banco nacional”, explicou Rosana Coutinho.
Essa foi à quinta unidade prisional a realizar a coleta de material genético em reeducandos, restando apenas quatro. Os próximos serão os Presídios Baldomero Cavalcanti de Oliveira, Cyridião Durval e Silva, Presídio de Segurança Máxima, e Penitenciária de Segurança Máxima.
“A rede de bancos de perfis genéticos é um importante instrumento de combate a criminalidade e a impunidade, já que as informações constantes irão subsidiar várias investigações criminais. Através do perfil genético será possível verificar se um suspeito cometeu ou não um crime, se é reincidente, se cometeu o crime em outro estado, ou até mesmo fora do país, já que a amostra poderá ser acessada pela Interpol”, observou Rosana Coutinho.