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Caso Neymar: Polícia francesa entra no caso e confisca vídeos de vigilância em hotel de encontro com Najila

O ‘caso Neymar’ ganhou um novo capítulo: segundo informações do jornal L’Équipe, investigadores da Polícia Judiciária de Paris recuperaram, a pedido de autoridades brasileiras, as imagens das câmeras do sistema de segurança do hotel em que Najila Trindade e Neymar se encontraram no dia 15 de maio.

As câmeras são dos corredores do hotel e filmaram o jogador do PSG chegando e deixando o quarto. As imagens ajudarão nas investigações, principalmente para confirmar se Neymar estava embriagado ao chegar no hotel por volta das 20h, antes do horário em que é acusado de se tornar violento.

De acordo com uma fonte “próxima da investigação”, segundo o jornal francês, essas imagens podem “determinar se o jogador brasileiro agiu fora do comum em sua chegada ou partida do hotel. As imagens foram rapidamente recuperadas porque são mantidas apenas por um período de quinze dias a um mês”.

No entanto, ainda não está em questão abrir uma investigação para o caso na França, as imagens foram cedidas apenas a pedido da justiça brasileira.

“Os fatos denunciados pela suposta vítima aconteceram em Paris, mas foi apresentada a queixa em São Paulo”, afirma a fonte. Portanto, não teria “razão especial” para abrir uma investigação na França.

ENTENDA O CASO
Neymar foi acusado de estupro pela modelo Najila Trindade. Ela registrou boletim de ocorrência na sexta-feira (31 de junho), revelado pelo ESPN.com.br no sábado 1º de junho, na 6ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, em São Paulo.

Segundo o documento, ela alegou ter conhecido o jogador de Paris Saint-Germain e seleção brasileira nas redes sociais. E no dia 12 de maio, um assessor identificado como Gallo entrou em contato fornecendo passagens e hospedagem para ela viajar para Paris, na França. Ela afirmou ter embarcado no dia 14 e chego no dia 15.

A mulher também relatou que ficou no Hotel Sofitel Paris Arc Du Triumphe e recebeu o atleta de 27 anos por volta de 20h locais do dia 15. Segundo ela, o jogador chegou “aparentemente embriagado”. “Começaram a conversar, trocaram carícias, porém, em determinado momento, Neymar se tornou agressivo e, mediante violência, praticou relação sexual.”

Tanto Neymar, por meio de vídeo em uma rede social – que o Instagram depois o tirou do ar – na qual expôs as conversas com a mulher, quanto seu pai, Neymar da Silva Santos, em duas entrevistas à TV Bandeirantes, uma por telefone e a outra participando ao vivo de um programa, negam que tenha havido estupro. Eles confirmam que houve relação sexual, mas que a mesma foi consensual.

Na quarta-feira (05), o caso teve mais desdobramentos. Em entrevista ao SBT, a modelo falou pela primeira vez. Ela admitiu ter viajado com intuito de fazer sexo com Neymar, mas reiterou que foi estuprada e agredida após dizer que não queria ter relações sem o uso de preservativo.

Depois, surgiu um novo vídeo que mostra Najilia agredindo Neymar com tapas. A defesa da modelo diz que ela atraiu o jogador para gravar esse vídeo e tentar ter provas do que ele já havia feito com ela anteriormente.

Neymar se apresentou na quinta-feira (6) à Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor sobre crime virtual por ter divulgado imagens íntimas de Najila.

No mesmo dia, novos trechos da conversa entre o jogador e a modelo apareciam. Neles, Neymar diz que a ‘modelo pedia’ mais, enquanto Najila rebate e deixa claro a Neymar que não gostou do que havia acontecido entre os dois. Ela ainda manda um áudio ao jogador dizendo que ele deveria ser homem e assumir os erros.

Najila fez seu depoimento na sexta-feira (7), mas passou mal e teve que ser levada ao hospital. Ela disse à polícia que a íntegra do vídeo que tinha estava em tablet furtado e também detalhou como teria sido o estupro.

Na segunda (10), o advogado Danilo Garcia de Andrade se incomodou com o fato de o vídeo completo nunca ser divulgado e também com uma suposição da própria modelo de que ele estaria envolvido no furto do tablet. Assim, anunciou que não está mais defendendo Najila no caso.

Na quinta-feira (13), foi a vez de Neymar depois a polícia. Ele ficou cinco horas no local para prestar esclarecimentos e saiu aparentemente confiante. Ele disse à polícia que usou preservativo durante o sexo e negou o estupro.