O Ministério Público do Estado informou neste domingo (28) que a promotora Francisca Paula de Jesus Lôbo Nobre Santana, da Comarca de Maragogi, conversou com o delegado da cidade e o orientou a pedir a prisão dos responsáveis pelo catamarã Tô à Toa IV, que naufragou neste sábado, resultando na morte de duas turistas cearenses.
O catamarã está registrado em nome de Simone Valéria Furtado Leite, mas ela alega ter vendido a embarcação para o ex-prefeito Marcos Madeira. Segundo o MP e a Secretaria de Maio Ambiente de Maragogi, a embarcação não possuía autorização para transporte aquaviário de passageiros.
Desde 2014, o MP, a Prefeitura e os transportadores assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para regulamentar as embarcações e os passeios, que estaria sendo desobedecido pela embarcação do acidente. A promotora afirmou, ainda, que caso a autoridade não represente pela prisão dos responsáveis, ela irá requerer ao poder judiciário.
O MP ainda divulgou na manhã de hoje os autos de infração e notificações entregues à Simone Leite. O ex-prefeito também deverá prestar esclarecimentos à polícia.
Duas mulheres morreram no local, identificadas como Lucimar Gomes da Silva, 69, e Maria de Fátima Façanha da Silva, 65, ambas naturais do Ceará. Outras duas foram socorridas com hipotermia e hipotensão. Segundo testemunhas, ninguém utilizava coletes salva-vidas.