Em seu terceiro dia de funcionamento, a 10 °etapa da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São (FPI do São Francisco) flagrou o desmatamento de 60 hectares de vegetação nativa do bioma Caatinga.
A degradação ambiental foi localizada na fazenda Cancela de Ferro, localizada às margens da AL-220, em Girau do Ponciano.
Ao chegarem ao local, os membros da equipe Flora embargaram a área para que, a partir de agora, a vegetação nativa comece a ser recuperada. Também foi lavrado um auto de infração no valor de R$ 60 mil, o que corresponde a R$ 1 mil por hectares, conforme determina a legislação.
Para o coordenador da equipe Flora, Filipe Tenório, o fato de não haver uma legislação específica para tratar os crimes ambientais envolvendo a vegetação Caatinga – como acontece com a Mata Atlântica, por exemplo -, contribui bastante para o aumento da degradação do bioma.
Ele revelou que, na maioria das vezes, o desmatamento acontece para que o solo seja utilizado, de forma alternativa, para agricultura. “Vizinho a fazenda há uma cultura de milho. Suspeitamos que a área também seria utilizada para essa finalidade”, disse Filipe Tenório.
Em paralelo, a equipe prossegue fiscalizando as propriedades que não possuem Cadastro Ambiental Rural. Até agora foram identificadas 18 áreas – em Batalha, Major Izidoro e Belo Monte – sem esse registro, que é considerado obrigatório pela legislação para todos os imóveis rurais.
Os proprietários dessas áreas rurais foram notificados e têm até sexta-feira, 9, para regularizarem a situação. Caso não o façam, estarão passíveis a multas, cujo o valor varia de R$12 mil a R$ 52 mil, dependendo do tamanho da propriedade.