Agreste

Protesto contra suspensão de transporte escolar termina em tiros no Agreste

A exemplo do que aconteceu na capital alagoana, alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Arapiraca realizaram um protesto na noite desta quarta (7) em protesto à proibição de utilização do transporte escolar fornecido pelo Estado.

Transportadores teriam informado aos alunos que por orientação da Secretaria de Educação, alunos desta modalidade não têm direito ao transporte, sendo exclusivo para alunos do ensino médio.

A proibição gerou uma manifestação em Arapiraca, cidade a 120 quilômetros da capital alagoana. Os alunos saíram pelas ruas do centro da cidade para protestar contra a medida. Ao chegar ao Centro, no entanto, alguns manifestantes passaram a relatar truculência da Polícia Militar.

Segundo áudios que circularam via redes sociais, os militares arremessaram bombas de efeito moral e há relatos de agressão, embora não haja registro policial. A assessoria do 3º BPM, responsável pela ação, informou “alguns manifestantes estavam um pouco alterados, provocando balbúrdia, então para conter os ânimos foram efetuados alguns disparos de elastômero (popular tiro de borracha) para conter os mais exaltados. Claro nem todos estavam ali para bagunçar, mas alguns foram provocar e bagunçar, acabaram tendo uma resposta à altura”.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O comando do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) vem por meio desta nota informar a sociedade arapiraquense que os fatos ocorridos na noite dessa quarta-feira (07/08) se deram em decorrência da infiltração de alguns indivíduos numa manifestação de estudantes que reivindicavam transporte escolar. Estas pessoas infiltradas começaram a praticar atos de vandalismo, ameaçando à ordem pública, chegando até a agredir um motociclista que passava pelo local, fato este que gerou ligações para o COPOM, solicitando a presença da polícia para controlar a situação. Ao chegar no local, a PM foi recebida de forma hostil por esse grupo, sendo necessária a utilização de uma ação de choque ligeiro para conter esses pseudos manifestantes, que buscavam apenas provocar desordens.

Vale ressaltar que a Polícia Militar agiu dentro da técnica protocolar, cercando-se de cautela, evitando assim qualquer tipo de dano aos verdadeiros estudantes.

O comando do 3º Batalhão se solidariza com os verdadeiros estudantes que no ato buscavam o seu legítimo direito, ficando à disposição da sociedade arapiraquense como de costume.