Agreste

FPI do São Francisco recupera animais resgatados antes de devolvê-los para natureza

FPI do São Francisco

FPI do São Francisco

Espécies variadas de pássaros e ainda  Tejus, Jabutis, Cotias e até uma Jaguatirica são exemplos de animais salvos dos cativeiros em que viviam ou recapturados durante as ações da 10ª etapa da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.  Ao todo foram 634 animais recapturados, inclusive espécies ameaçadas de extinção e outras não nativas da fauna alagoana, que receberam a chance de ganhar novamente a liberdade e retomar suas funções no meio ambiente.

E, para que isso aconteça, entre o resgate e a soltura das espécies silvestres, ocorre uma das etapas mais importantes da recuperação da fauna local feita pela FPI do São Francisco: a triagem e o tratamento dos animais. Nenhum deles é solto sem a certeza de estar apto para retornar ao seu habitat.

Para garantir o atendimento imediato dos animais resgatados, a força-tarefa monta um Centro de Triagem Animal Provisório que funciona com médicos-veterinários, biólogos. Contando com ambiente de triagem, medicamentos, itens de biossegurança, e equipamentos de proteção individual que copõem a equipe fauna. A estrutura é divida em ala de recebimento, triagem, enfermagem, quarentena e destinação.

“O trabalho desenvolvido pela equipe de fauna é resgatar animais em condições de maus tratos ou que são criados ilegalmente, sempre atrelado à conscientização ambiental. Muitos animais que chegam na triagem estão apresentando condições precárias de higiene e nutrição. Outros, chegam enfermos ou debilitados”, afirmou o  médico-veterinário Rick Vieira.

Depois que são recebidos pela equipe da triagem, os animais passam por protocolos  específicos, adotados de acordo com cada uma das espécies. Assim, a condições dos bichos são minuciosamente avaliadas.  “São examinadas as condições  das asas, patas, bicos, bocas se há lesões graves, se o bicho se desenvolveu corretamente, a existência de ectoparasitas, escore corporal.  É justamente isso que irá determinar se o animal deve ser solto, ou passará mais um tempo sob cuidados veterinários, ou ainda se estes serão levados para o Centro de Triagem do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Instituto Brasileiro do meio Ambiente (IBAMA) para um tratamento mais demorado” completou o médico-veterinário.

Após o exames os animais são acolhidos pelos biólogos da equipe para identificação das espécies e o anilhamento que servirá para a identificação dos bichos já que as áreas de solturas são monitoradas  “Essa fase é importante para determinar, por exemplo,  qual será a dieta de cada um aqui no cetro de triagem. Além disso nesse momento determina-se onde o animal será solto. Nenhum dos bicho capturados saem do centro de triagem sem sabermos a real condição dele em sobreviver na natureza. Por isso á há aqueles que são soltos com poucos dias, aqueles que ficam conosco mais um temo e os que precisam de um tratamento demorado” ressaltou.

Liberdade

Dos 634 animais capturados, 339 já foram devolvidos a natureza e ganharam a liberdade.  Existem ainda os animais que não são naturais dos biomas alagoanos. Esses serão enviados para centros de triagens de seus estados de origem.

“O trabalho da FPI, por meio da equipe fauna, é salvar cada animal encontrado em cativeiro em condição de maus tratos ou em condições degradante de saúde. O trabalho do centro de triagem é deixá-los  em condições melhores, tratá-los e destiná-los corretamente.  E nossa base ou nossa triagem foi pensada para os vários estágios que um animal nessa situação de cárcere possa está. No local podem ser feitos pequenos procedimentos e tratamentos adequados  para deixar o animal apto para o retorno à natureza e retomar sua função de deixar o meio ambiente saudável” disse o promotor de justiça Alberto Fonseca.