Saúde

Saúde planeja estratégias caso haja surto de sarampo

Reuters

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A Gerência de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já começou a traçar as estratégias que deverão ser desenvolvidas caso o Ministério da Saúde (MS) determine a necessidade de ampliar as medidas preventivas em relação ao sarampo em Maceió. Mesmo que a capital alagoana não tenha registrado nenhum caso, a confirmação de um caso da doença em Arapiraca acendeu o alerta para todos os municípios alagoanos.

“Nesse planejamento, estamos procurando definir ações simples, que sejam colocadas em prática de forma imediata, caso – e esperemos que não – a possibilidade de surto seja cogitada por aqui, como temos visto em outros Estados. Estamos em alerta e preparados para atuar, mas até agora não surgiu nenhuma necessidade nesse sentido e seguimos com a vacinação normal nas unidades do município”, afirma Camila Tenório, enfermeira da Gerência de Imunização da SMS.

Camila esclarece que a vacina contra o sarampo – a tríplice viral, uma dose combinada que previne também contra a caxumba e a rubéola – é disponibilizada gratuitamente durante todo o ano, para crianças e adultos, nas unidades de saúde, dentro do calendário nacional de vacinação, portanto, não há necessidade de uma “corrida” aos postos para ser imunizado. Ela explica que a vacina é oferecida em duas doses para a faixa etária de 1 a 29 anos e em apenas uma dosagem para a faixa etária dos 30 aos 49 anos.

“Qualquer pessoa nessa faixa etária pode tomar a vacina numa unidade de saúde do município. Mas quem tiver seu cartão de vacinação é bom observar, para saber se precisa iniciar a imunização ou apenas complementar a prevenção contra a doença”, reforça Camila, lembrando que, devido à atuação na área, os profissionais de saúde pode ser vacinados em qualquer faixa etária.

Na semana passada, a Gerência de Imunização da SMS atendeu a uma primeira recomendação do MS e começou a vacinar as crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 1 ano, que estivessem com viagem marcada para algum dos 43 municípios que apresentam surto ativo de sarampo – nos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro.

Com essa dose – chamada de dose zero e que não vem sendo considerada como válida dentro do calendário de vacinação – o Ministério pretende garantir a proteção contra a doença às crianças mais novas, que ainda não tiveram acesso à vacina por conta da idade e que vêm sendo as mais afetadas pelo sarampo nos Estados onde tem havido surto, com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão do vírus.

“Para vacinar essas crianças, no entanto, será necessário apresentar alguma comprovação da viagem para áreas de risco e a dose deverá ser aplicada no máximo 15 dias antes desse deslocamento. E é bom lembrar que, mesmo tomando essa dose antecipada, os pais e responsáveis devem manter a vacinação de rotina nessa criança, aos 12 e aos 15 meses”, destaca a enfermeira.