As marcas do sofrimento não são só físicas. Ednelson dos Santos não consegue dormir direito, nem esquecer do sofrimento causado pelas queimaduras no corpo. Morador em situação de rua, o rapaz – que é conhecido como “Tico” – sobreviveu ao atentado registrado no dia 29 de julho.
Durante uma discussão, uma mulher – também moradora em situação de rua – jogou álcool na vítima e ateou fogo em seguida. Desesperado, Ednelson conta que tirou a camisa e correu até um ateliê, no bairro de Jaraguá, onde pediu ajuda.
A vítima teve quase 40% do corpo queimado e ficou internada durante 22 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE), com queimaduras de 2º e 3º graus. Ontem Ednelson recebeu alta médica e foi levado para a casa da mãe, onde recebe os cuidados da família. Agora tudo o que ele quer é justiça. “O que ela fez foi uma covardia muito grande comigo. Ateou fogo em mim sem eu merecer”, disse a vítima em entrevista a TV Ponta Verde. Ele garante que não houve nenhum motivo para tamanha crueldade, já que nunca lhe fez nenhum mal.