A equipe liderada pelo biomédico Joris Deelen analisou amostras de sangue de 44.168 pessoas, com 18 a 109 anos, ao longo de duas décadas. Em 14 substâncias metabólicas das 226 pesquisadas, o grupo encontrou uma boa correlação com expectativa de vida na década seguinte. Entre os voluntários com até 60 anos, a precisão foi de 83%. A partir dessa idade, de 72%.
Boa parte dos candidatos “reprovados” (com menor chance de sobrevida) nos 14 indicadores metabólicos teria resultados semelhantes em outros testes, como de colesterol, glicemia ou ergometria. Mas o exame de sangue pode simplificar o monitoramento da saúde e mostrar a necessidade de avaliações mais aprofundadas.
Antes de ser adotada por consultórios médicos, o hemograma da expectativa de vida terá sua eficiência confirmada em grupos maiores e mais diversos. Vai levar alguns anos. Quem tiver pressa de saber se está pela hora da morte, deve recorrer a outros exames. Ou procurar alguém para ler a sua mão.