O benefício é válido para pacientes com transtornos mentais, esclerose múltipla, síndrome congênita, deficiência, mais de 80 anos, acamados, dificuldade de locomoção e transplantados. Caso o cidadão atenda aos requisitos, o cuidador, familiar ou responsável pode procurar o Ceaf para pleitear a sua inclusão no programa. O solicitante deve estar estável com a medicação e portar prescrição de remédios de uso contínuo disponíveis na rede básica.
“A importância desse programa é uma questão de cidadania. Tentamos, ao máximo, não deixar ninguém de fora que esteja dentro dos princípios que conferem legitimidade ao SUS: a universalidade, a integralidade e a equidade. É preciso que o paciente fique satisfeito todas as vezes que precisar do serviço”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres.
O programa vai funcionar, inicialmente, em Maceió e tem a pretensão de atender oito mil usuários todos os meses. Os medicamentos serão entregues por meio de dez motoboys devidamente uniformizados e autorizados pela Sesau.
Os pacientes acamados, ou com restrição ao leito e impossibilitados de tarefas cotidianas, cadastrados no SUS de Alagoas, poderão receber a medicação de uso contínuo da Farmácia Básica em seus domicílios. Como a condição do paciente não permite que ele vá ao Ceaf, o cuidador do acamado é quem deve solicitar a inclusão no Programa Remédio em Casa. Assim, o responsável ou cuidador não necessita se ausentar de seu domicílio, proporcionando assistência integral ao paciente acamado, beneficiando e melhorando a qualidade de vida de ambos. O objetivo ainda é proporcionar um aumento da adesão ao tratamento e melhor controle clínico.
“Para fazer parte do Remédio em Casa, é preciso que o paciente já tenha cadastro no Ceaf. O cuidador, familiar ou responsável vem até aqui [no Ceaf], conversa com a assistente social e, imediatamente, inserimos o usuário no programa, caso ele esteja dentro dos critérios”, explicou Bianca Paes, assistente social e coordenadora do Programa Remédio em Casa.
Segundo ela, após a avaliação, que demora em média de 10 a 15 dias úteis, o assistido estará apto para receber a medicação em sua casa. “Se ele estiver com a documentação e os exames corretos e fizer parte do elenco que atribuímos para participar do programa, a medicação vai chegar à sua residência muito rapidamente”, garantiu Bianca Paes.
Estrutura – O Programa Remédio em Casa conta com uma estrutura dentro do Ceaf, no qual uma farmacêutica faz a conferência dos remédios que são separados para cada um dos usuários cadastrados. As caixas, individualizadas e lacradas nominalmente a cada paciente, são encaminhadas às casas dos assistidos para o tratamento adequado. Uma vez por mês os motoboys fazem a entrega nas visitas domiciliares.
Com o Remédio em Casa, a Sesau promete trazer avanços na qualidade de vida dos usuários, já que o Ceaf trabalha com medicamentos de alto custo. As pessoas que tiverem interesse em aderir ao programa, além de se encaixarem em um dos protocolos clínicos, precisam morar ou receber o medicamento em um endereço de abrangência na capital. Se ainda não for cadastrado no Ceaf, é preciso comparecer ao local, no Farol, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30, com os devidos documentos (laudo e receita médicas) orientados pelo médico que realizou o diagnóstico, assim como CPF, comprovante de residência e cartão do SUS.