Em nota, o sindicato da categoria diz que a decisão ocorrerá por tempo indeterminado
Os agentes penitenciários de Alagoas anunciaram nesta terça-feira, 24, a paralisação de todas as suas atividades por tempo indeterminado. A decisão acontece após o anúncio do Governo do Estado em cortar o pagamento de horas extras já trabalhadas.
O sindicato da categoria, o Sindapen, emitiu nota de repúdio na qual explicita que 40% do efetivo atuante nas unidades prisionais trabalham em regime de horas extras e que o corte representa uma economia aos cofres públicos de cerca de R$500 mil e compara este ao valor supostamente gasto com o presídio do Agreste, que é privatizado, que chegaria a R$4,5 milhões.
A nota continua dizendo que a decisão impacta pelo menos 620 profissionais.
Confira na íntegra a nota:
NOTA DE REPÚDIO
O SINDAPEN vem através dessa nota, repudiar a atitude do Governo do Estado de Alagoas, quando o mesmo cortou todos os pagamentos de horas extras já trabalhadas. Vale salientar que 40% do efetivo hoje nas unidades Prisionais trabalham em regime de horas extra, com o corte o Governo deixa de gastar cerca de R$500.000, valor irrisório para os cofres públicos se comparado aos R$4.500.000 gastos no pagamento para um só presídio, como o Presídio do Agreste, que é privatizado. Fica aqui o repúdio de 620 pais e mães de família que trabalharam em prol da sociedade alagoana e no final tá sendo apunhalado pelas costas. É com sentimento de indignação, revolta, insatisfação que tornamos público tal aberração cometida contra essa categoria, que é a última fronteira entre a sociedade e aqueles que teimam em afronta-lá. Comunicamos que ainda sem efetivo, o Sistema Prisional paralisa todas as suas atividades por tempo indeterminado.
FORÇA E HONRA
O Alagoas24Horas entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e aguarda o envio do posicionamento da pasta.