O Instituto de Medicina Legal de Arapiraca confirmou nesta sexta-feira, 4, que a jovem Maria Carla Lucas da Silva, de 18 anos, assassinada no município de Olho D’Água Grande, no agreste alagoano, por um vizinho após ser rejeitado amorosamente, foi asfixiada por constrição cervical por estrangulamento ou esganadura.
A jovem ficou desaparecida por quatro dias até seu corpo ser encontrado despido e jogado em uma cova rasa próxima a sua residência na zona rural do município. O IML confirmou que o estado de putrefação do corpo, não impediu que o exame cadavérico revelasse vários elementos para a conclusão do laudo. Só não foi possível confirmar se a vítima sofreu abuso sexual.
O legista explicou que asfixia por constrição cervical ocorre através da compressão da região do pescoço, o que provoca interrupção do fluxo de oxigênio, levando a vítima inicialmente à inconsciência e consequentemente à morte. Essa ação violenta deixa sinais no corpo da vítima que diferem de outros casos de morte violenta.
“O exame apontou infiltração hemorrágica na musculatura pretraqueal e na mucosa laríngea com fratura da cartilagem tireóidea, sinais característicos de morte por constrição cervical por estrangulamento ou esganadura. No exame não constatei sinais de enforcamento e também não havia nenhum outro tipo de lesão de interesse médico legal no restante do corpo da vítima”, explicou o médico legista.
O crime só foi descoberto após o autor, um homem identificado como José Wellington, 32 anos, conhecido como Lilo, ter cometido suicídio e enviar mensagens a conhecidos onde afirmava ter feito algo muito grave e que não conseguiria conviver com isso.
Leia Também: Caso Carla: Vítima já havia bloqueado assassino nas redes sociais
As investigações da Polícia Civil sobre o crime revelaram também que o suspeito já havia assediado a jovem e que após uma rejeição amorosa criou um perfil falso numa mídia social, identificando-se como Yuri e marcando um encontro no dia em que ela desapareceu.
Local onde o corpo de Maria Clara foi encontrado