A declaração se deu por conta da participação da assistente Andrea Izaura Maffra Marcelino de Sá, que fez parte da comissão de arbitragem da partida realizada no Castelão.
Obviamente, a resposta gerou imediatamente um tom de desconforto entre os companheiros de bancada, que não aprovaram o tom usado pelo comentarista. Nas redes sociais, o assunto rapidamente se propagou e Daniel sofreu uma onda de críticas.
Nesta segunda-feira, Daniel Campelo teve a chance de se retratar sobre a sua declaração machista e ofensiva durante outro programa da emissora de rádio. Entretanto, preferiu reafirmar sua opinião.
“Mulher tem de tomar conta da casa, do marido e dos filhos. Não disse brincando, não. Repito aqui. Quem não gostar, tire a calcinha e pise em cima. Não tenho nada com isso. Não dou satisfação porque é mulher”, reafirmou.
Ao ser retrucado por comentaristas que participavam da atração pelo tom de seus comentários preconceituosos, o jornalista não voltou atrás, novamente.
“Que você discorde. Eu tenho meu ponto de vista. Negócio de mulher metida com macho dentro do estádio. Eu adoro mulher. Melhor do que uma mulher, só duas. Dá não. Negócio de futebol não dá certo. Até para a mulher entrar em campo… O árbitro antes do jogo começar vai no túnel dos jogadores, e os jogadores estão tomando banho. A mulher vai entrar lá como, com os jogadores todos pelados? É por isso que tem as marias chuteiras”, finalizou.
A postura do jornalista não pegou bem nem mesmo nos bastidores da emissora, que resolveu rescindir o contrato do profissional após o ocorrido. Em nota oficial, o Grupo Cidade de Comunicação, que administra a emissora no estado, condenou e lamentou os comentários.
“O Grupo Cidade de Comunicação lamenta e condena, veementemente, as declarações do comentarista Daniel Campelo durante uma transmissão esportiva da Rádio Jovem Pan News Fortaleza. Respeitamos as mulheres e acreditamos no potencial feminino, inclusive pelo fato de termos uma mulher como âncora de importantes programas da emissora. Nosso compromisso é com a ética, o bom jornalismo e, sobretudo, o respeito a todos – e a todas!”, afirmou.