Matéria atualizada às 15h30, de 22 de outubro de 2019.
O soldado Josevildo Valentim dos Santos Junior, preso pelo assassinato da jovem Aparecida Rodrigues Pereira, 18 anos, confessou ter praticado outro estupro, entre os anos de 2013/2014, quando era lotado na cidade de Marechal Deodoro. O nome da segunda vítima não foi divulgado.
O fato foi revelado na manhã desta terça, 22, pela delegada Rosimeire Vieira, em entrevista à imprensa. O militar também teria confirmado o estupro de Aparecida, antes do seu assassinato. O namorado da vítima, Agnísio dos Santos Souto, de 24 anos, foi também baleado e só não morreu porque fingiu estar morto, sendo socorrido para o Hospital Geral do Estado
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Segundo a delegada, o PM confessou o crime e acrescentou ter também cometido outro estupro em Marechal Deodoro. Rosimeire Vieira disse que, após o interrogatório na Homicídios foi colhido material biológico do acusado, por peritos da Pericia Oficial do Estado, para possíveis confrontos com materiais de vítimas de outros casos de estupro.
Josevildo Valentim foi preso no dia 18 e, além de confessar o estupro e morte da jovem Maria Aparecida, revelou ser dependente químico e que estava sob efeito de drogas no momento em que sequestrou o casal, no bairro de Ponta Grossa. A ação criminosa teria sido aleatória.
O militar obrigou as vítimas a entrar no carro e as levou para uma mata no Pontal da Barra, onde ocorreu o estupro seguido de assassinato e a tentativa. A polícia apreendeu a sandália da jovem na casa do militar, que usou o próprio veículo para cometer o crime.
Expulsão
O Comando Geral da Polícia Militar de Alagoas abriu procedimento administrativo que pode resultar na expulsão do soldado Josevildo Valentim dos Santos Junior. A PM enviou o posicionamento da corporação sobr e o caso à reportagem do Alagoas24Horas.
Confira na íntegra:
Conforme nota publicada na última sexta-feira (18), o comando da Polícia Militar de Alagoas informa que teve ciência da prisão de um militar suspeito de um caso de grande repercussão ocorrido no bairro do Pontal.
Adiantamos que os procedimentos legais e administrativos junto à Corregedoria Geral da PM estão sendo providenciados e que a Polícia Militar de Alagoas não compactua com condutas dessa natureza, por esse motivo o Comandante-geral da Instituição já determinou a abertura de procedimento administrativo para apurar a permanência do militar na Instituição.