Uma esteticista de 27 anos foi brutalmente espancada pelo companheiro, de 36, que armou uma emboscada dentro de casa, em Eldorado, no interior de São Paulo. Em entrevista ao G1 neste domingo (10), a mulher, que prefere não se identificar, revelou que esta não é a primeira vez que é agredida pelo homem e que eles haviam voltado a se relacionar há cinco meses.
Segundo ela, o homem sempre foi violento e queria ter o controle de tudo o que ela fazia. A confusão começou em uma festa, enquanto eles estavam com alguns amigos. Em determinado momento, uma colega brigou com o marido e o casal foi levá-la para a casa. A esteticista não quis deixá-la sozinha em sua residência e pediu para o companheiro ficar também, mas ele se recusou e foi embora.
Ambas decidiram ir para a casa da mãe da amiga e, no meio do caminho, encontraram o agressor. “Ele já estava alterado e começou a me chamar para pegar a bolsa que estava no veículo. Quando fui pegar, ele me deu um soco na boca, começou a me xingar e saiu”, conta. Após a violência, ela decidiu ir para a casa da mãe, para não encontrá-lo.
“Como é caminho, passei em frente a minha residência e o carro não estava lá. Então, achei que ele não estava. Aí eu entrei para pegar a chave da casa da minha mãe e ele fingiu que estava dormindo. Quando acendi a luz e vi que ele estava, tentei sair, mas quando virei, ele me pegou de costas. Me derrubou no chão e sentou em cima das minhas pernas, segurando meu braço com uma mão. Com a outra, ele deu muitos socos no rosto. Ele também soltava o meu braço e me enforcava”.
A mulher ficou com hematomas em várias partes do corpo, além do rosto. Ela ainda conta que havia um familiar do homem na casa, que não fez nada. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Eldorado como violência doméstica e uma medida protetiva foi expedida contra o agressor.
A esteticista conta que ele mandou mensagem pedindo para que ela retirasse a queixa. “Ele não podia falar comigo porque já tinha a medida protetiva. O que ele fez não foi só agressão, ele ia me matar. Eu tenho medo dele, acho que ainda pode vir atrás de mim. Pode demorar, mas ele ainda virá atrás”.
A outra agressão
A primeira agressão ocorreu há aproximadamente um ano e meio. Na época, eles estavam separados e o agressor a encontrou em uma praça da cidade e teve uma crise de ciúmes. “Ele me deu um tapa no rosto e me pegou pelo pescoço”. Ela também registrou o caso e solicitou a medida protetiva, mas pediu a retirada com a volta do relacionamento.