A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas juntamente com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministérios Públicos Estaduais e o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) divulgaram um balanço parcial da Operação Flashback, deflagrada durante a madrugada em Alagoas e outros sete estados. Segundo a SSP, as forças de segurança continuam em atividade e já realizaram a prisão de 81 envolvidos diretamente com a facção criminosa. Alguns deles serão transferidos para presídios federais.
Dos 66 mandados de prisão expedidos em Alagoas, até o início da tarde desta quarta-feira, 49 prisões foram contabilizadas nas cidades de Arapiraca, Girau do Ponciano, Igreja Nova, Japaratinga, Maceió, Penedo, Rio Largo, Santana do Ipanema. Conforme noticiou o Alagoas 24 Horas, um dos alvos da operação reagiu à prisão e acabou sendo morto em confronto com a Polícia.
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Já em Sergipe, outro alvo da operação também faleceu por ter reagido ao cumprimento do mandado e atirado contra as equipes policiais. A SSP explica que os alvos da operação pertencem ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e narcotráfico em todo o país, desde 1993. Com uma hierarquia própria, os integrantes da facção que estão fora dos presídios obedecem a ordens dos líderes, que estão no Sistema Prisional e financiam o crime organizado.
Primeira Fase
A primeira fase da operação, em abril de 2019, teve inicio em Alagoas e, após grande trabalho de investigação, passou a envolver mais sete estados do Brasil. Foram expedidos 110 mandatos de prisão, que foram cumpridos nos em Alagoas, Tocantins, Pernambuco, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Participaram da operação em Alagoas equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Radiopatrulha (BPRp), Batalhão de Trânsito (BPTRan), Batalhão Rodoviário (BPRv), os 3º, 5º, 6º, 7º e 11º Batalhões, 3ª e 4ª Companhias Independentes, Grupamento Aéreo, Delegacia Regional de Arapiraca, Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), Tigre, Asfixia e Operação Policial Integrada Litorânea (Oplit).
Já nos outros estados do país, os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) dos Ministérios Públicos de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Tocantins e Sergipe atuaram em cooperação com o MP alagoano.
Em Pernambuco, houve colaboração da Polícia Civil, através da Diretoria de Inteligência (DINTEL). Em Sergipe, colaboraram a Secretaria da Segurança Pública (SSP/SE) e o Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE/PMSE). Em São Paulo, teve a participação do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), na área do CPI-6.
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