Na semana passada, a nova novela da Rede Globo, Amor de Mãe, estreou contando histórias de um sentimento universal: o amor de mãe aos filhos. Regina Casé, Tais Araújo e Adriana Esteves interpretam mulheres que muito se assemelham a milhares de brasileiras que fazem de um tudo para ver a felicidade dos seus filhos. É o caso da costureira Maria de Fátima Romão, 51 anos, que lançou uma vakinha online para ajudar o filho Alisson Romão, de 17 anos, a seguir a carreira profissional de jogador de futebol. As doações podem ser feitas clicando aqui.
O sonho de Alisson pode até ser parecido com o de tantos outros meninos que querem mudar de vida por meio do futebol. Mas, no caso dele, o esporte o salvou não só uma vez. O contato mais intenso se deu após uma agressão que sofreu do próprio pai – que por medidas judiciais teve que ser afastado do filho ainda na infância. Maria, sozinha, segurou as pontas com o que ganha fazendo costuras de roupa por encomenda.
Para evitar que o filho ficasse traumatizado, ela investiu o que podia nos estudos e na prática de esportes. “Depois da agressão eu só reforcei esse sonho dele. Coloquei em várias escolinhas de futebol. A semana toda ele treinava. Ele treinou durante cinco anos com Paulo Mata, que foi um grande jogador do Bahia, quem também me incentivou muito a encaminhar Alisson por esse caminho”, relembra.
Desde então, além de manter os estudos em dia, Maria e Alisson mantinham o foco em melhorar cada vez mais o talento com a bola, mesmo não sendo fácil financeiramente. “Ele fazia teste aqui e ali e era só frustração. Chega a ser desumano essas peneiras… num sol escaldante e, muitas vezes, sem estar alimentado, além de eu também muitas vezes não ter como custear porque não é barato”, conta Maria.
A desistência quase bateu na porta e foi aí que a mãe ficou mais aflita. Com o avanço da idade e sem engatar de fato, Alisson desenvolveu um princípio de depressão. E mais uma vez o futebol o ajudou. Com apoio de amigos, Maria conseguiu o pagamento da primeira mensalidade em uma escola de futebol de referência, a Next Academy – onde alunos com bons rendimentos são encaminhados para times grandes nacionais e internacionais. O brilho no olho do jovem voltou, mas a falta de dinheiro novamente se fez presente. Maria de Fátima seguiu acreditando no talento e na força de vontade do filho, que para ela sempre foi motivo de alegria.
Com a primeira mensalidade paga, Alisson precisará investir agora em materiais como chuteira, uniformes, acompanhamento profissional e alimentação adequada para começar as aulas. Tudo isso está incluso no valor estipulado para a vakinha. Os gastos são relativos ao período de um ano, tempo em que Alisson estará na escola de futebol.
“Pedimos, principalmente, orações, pois só em Deus tudo é possível. Além do financeiro, que se faz necessário, ele precisa também de um nutricionista para elaborar um cardápio específico para atletas e uma academia com instrutor para acompanhá-lo nos exercícios”, reforça a mãe. A esperança entra em campo no ambiente da internet.