Futebol

Perrella aponta Mano Menezes como maior culpado por situação do Cruzeiro

Bruno Haddad/Cruzeiro EC

Bruno Haddad / Cruzeiro EC

A duas rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vive uma situação complicada. A equipe é a 17ª colocada, com 36 pontos em 36 rodadas, e luta contra o rebaixamento até o último jogo do clube em 2019.

Gestor de futebol da equipe desde outubro passado, quando houve a demissão do vice-presidente Itair Machado, Zezé Perrella aponta Mano Menezes como o principal culpado pela situação da equipe.

O treinador esteve à frente da Raposa nas 13 primeiras rodadas do Brasileirão. Perrella, no entanto, aponta o comandante como o responsável pela má fase.

“Vou falar um negócio com vocês aqui, não é desculpa não, até porque eu cheguei agora. Mas o Cruzeiro pecou, mas pecou muito quando privilegiou a Copa do Brasil dizendo que era o caminho mais curto para a Copa Libertadores. O caminho mais curto para a Libertadores é o Brasileiro, até porque são oito vagas, e na Copa do Brasil só vai um. O Cruzeiro desprezou o Brasileiro”, disse o dirigente.

“O Mano Menezes em 18 pontos, ganhou um. Então, se o Cruzeiro não fica na primeira, todo mundo tem a responsabilidade, até eu tenho a minha. Mas vamos olhar lá atrás, no planejamento, a culpa da diretoria passada, que concordou com isso. O Mano é um cara sensacional, mas avaliou mal. Em 18 pontos, você fazer um, cara? Se tivesse feito 20%, eu não estaria aqui dando essa entrevista”, acrescentou.

No Brasileiro de 2019, Mano treinou o Cruzeiro em 13 rodadas, com duas vitórias, quatro empates e sete derrotas. A equipe somou dez pontos, em 18º lugar. Depois vieram Ricardo Resende (interino – 1 empate), Rogério Ceni (2 vitórias, 2 empates e 3 derrotas), Abel Braga (3 vitórias, 8 empates e 3 derrotas) e Adilson Batista (1 derrota). Conforme Perrella, a delicada situação de momento é fruto de ‘abandono’ da principal competição do país.

“Atribuo totalmente, porque um treinador que em 18 pontos faz um (…). Mas o erro dele não foi ter feito um ponto em 18, foi ter, com a conivência da diretoria anterior do Cruzeiro, privilegiado a Libertadores e a Copa do Brasil. A diretoria pensando no dinheiro da Copa do Brasil, e ele pensando em ser campeão da Copa do Brasil. Abandonaram o Brasileiro, a conta chegou. Agora é rezar para não cair”.