Política

Sindicatos e deputados criticam termos da Reforma da Previdência Estadual

Ascom ALE

Ascom ALE

Sindicatos que representam servidores estaduais se posicionaram contra a Reforma da Previdência Estadual, aprovada nessa terça-feira (10), na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).

O Projeto de Lei (PL), de autoria do governador Renan Filho (MDB), prevê aumento na alíquota de contribuição dos servidores de 11% para 14%.

A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Célia Capistrano, classificou a reforma como “maldade”.

“A maior maldade desta gestão foi cometida contra os aposentados. Um ato de crueldade extrema que abandona e abocanha de uma vez só, 14% dos nossos parcos salários. Um trabalhador que passou a vida inteira contribuindo com o desenvolvimento do Estado fica relegado a passar os últimos anos da vida contando moeda para sobreviver”, disse.

O presidente do Sindicato dos Peritos Oficial de Alagoas (Sinpoal), Paulo Rogério, disse em entrevista ao Alagoas 24 Horas que a categoria é contra a reforma e que os servidores estão sendo prejudicados pelo PL.

“Nós somos totalmente contra essa reforma, pois quem vai pagar esta conta é o servidor público e também os aposentados. A gente vai assumir o ônus de uma administração que foi inadequada do gerenciamento dos fundos do Estado e estamos apoiando o movimento unificado dos servidores”, explicou.

Parlamentares criticam

A deputada Jó Pereira (MDB) foi a favor da reforma, mas propôs emendas que visavam diminuir o impacto a servidores de salários mais baixos. A parlamentar pediu para que a balança da contribuição seja equilibrada.

“Não é justo que todos os servidores paguem igualmente suas contribuições, pois embora seja o mesmo percentual, no caso dos servidores de menor renda, esse desconto pode significar a ausência de itens básicos de suas necessidades”, afirmou durante sessão extraordinária nessa terça-feira (10).

Outro parlamentar que criticou a contribuição de 14% foi o deputado Cabo Bebeto (PSL), que chamou a reforma de “injusta”.