O Flamengo sofreu, mas venceu o Al Hilal. E agora seu povo pede o mundo de novo!
Em Doha, no Catar, a semifinal do Mundial de Clubes foi difícil. Entretanto, os brasileiros superaram um ótimo primeiro tempo dos sauditas e conquistaram a vaga na decisão após vencer de virada por 3 a 1.
Salem Al-Dawsari marcou pelo Al Hilal, que dominava o Flamengo nos primeiros minutos. A derrota por 1 a 0 no intervalo parecia um bom placar perto do que se via em campo, e assim foi.
Transformados, os rubro-negros voltaram do vestiário com tudo e logo empataram. O gol foi de Arrascaeta, após linda jogada.
Por superstição ou tática, no meio da etapa final Jorge Jesus repetiu a substituição que fez na decisão da Libertadores, colocando Diego no lugar de Gerson. Deu certo uma vez e deu certo de novo.
Minutos depois, veio a virada com Bruno Henrique. Em seguida, o terceiro, gol contra de Al-Bulayhi. Em ambos, Diego começou a criação da jogada.
Com o 3 a 1 finalizado, pela primeira vez no atual formato um Sul-Americano saiu perdendo a semifinal do Mundial de Clubes da Fifa e conquistou a vaga na final.
Público: 21.588 torcedores
Khalifa International Stadium, Doha, Catar
Árbitro: Ismail Elfath (EUA)
Nos 38 jogos de Jorge Jesus no Flamengo antes desta semifinal, o time terminou o 1º tempo atrás em apenas seis ocasiões: venceu três e perdeu três.
Fazendo seu 51º jogo com a camisa rubro-negra, Arrascaeta soma números incríveis em sua primeira temporada: 18 gols e 19 assistências
Bruno Henrique, o nome do jogo, também tem uma temporada surreal. Já são 35 gols e 15 assistências em 61 jogos na temporada.
Como um todo, quatro sul-americanos não passaram para a decisão: além dos brasileiros Internacional e Atlético-MG, o Atlético Nacional, em 2016, e o River Plate, em 2018 caíram na semi.
Com isso, uma regra ficou estabelecida para a semifinal com o vencedor da Libertadores: quem faz o primeiro gol vai à final.
O único time que quase quebrou o tabu foi o River, que virou contra o Al Ain em 2018, mas levou o empate e caiu nos pênaltis.
Isso até hoje… O Flamengo, além de chegar à final, quebrou o tabu!
Jorge Jesus avisou: não se podia menosprezar o Al Hilal. E a fraca performance da equipe contra o Espérance, na fase anterior, logo foi esquecida. O começo de jogo foi todo dos sauditas.
Salem, Carrillo, Giovinco e Gomis subiram as linhas de defesa e não deram espaço para o Flamengo. Com a bola, trocaram passes rápidos e davam o ritmo à partida.
Não demorou para criar a primeira chance real do jogo. Com 15 minutos, Salem entrou na área pela esquerda e recebeu na cara do gol, obrigando Diego Alves a executar um milagre cara a cara. No rebote, Gomis bateu de primeira e errou.
Dois minutos depois, foi fatal. Giovinco lançou Al-Buryak, que pela direita direita rolou para o meio da área, na medida para Salem chegar batendo. A bola desviou em Pablo Marí e morreu no fundo do gol. Diego Alves chegou a tocar na bola, mas não teve como impedir o 1 a 0.
O Flamengo sentiu. O Al Hilal notou. Até o intervalo, o jogo era simplesmente dominado pelos árabes, e na única chance dos brasileiros, o defensor Al-Burayk, mas isso viria a mudar…
Com três minutos, Gabriel acionou Bruno Henrique, que invadiu a área e rolou para Arrascaeta tocar para o fundo do gol. O trio que dominou o Brasileirão e a Libertadores chegou no Mundial.
A pressão não era tão grande, mas o jogo era outro. O Flamengo ditava o ritmo e não era mais o time apático que foi superado nos primeiros 45 minutos.
Com 28 minutos, Diego entrou no lugar de Gerson. Assim como na final da Libertadores, o dedo do treinador, com a mesma substituição, fez efeito.
Três minutos depois, o camisa 10 tocou para Rafinha, que cruzou para Bruno Henrique cabecear para o fundo do gol. Veio a virada.
Se os últimos minutos poderiam ser de pressão do Al Hilal, logo veio o terceiro gol.
Diego, novamente, passou para Bruno Henrique. Dentro da área, pela esquerda, o nome do jogo puxou para o fundo e bateu para o meio da área, buscando Gabigol. Antes do artilheiro tocar na bola, Al-Bulayhi tentou tirar e fez um gol contra.
Descontrolados, os sauditas perderam a linha e logo Carillo foi expulso por dar um pontapé em Arrascaeta.