Zona da Mata

Acusado de assassinar namorada com tiro na cabeça é condenado a mais de 22 anos de prisão

JG Notícias/Arquivo

Maria Luciana morreu após quatro dias internada no HGE

O réu Fabiano Pereira da Silva – acusado de assassinar a namorada com um tiro na cabeça em 2013 – foi condenado pelo Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Maceió a 22 anos e dez meses de reclusão em regime inicialmente fechado. O julgamento aconteceu esta semana e foi comandado pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal.

Consta nos autos que o casal, Fabiano Pereira e a namorada Maria Luciana da Silva, se relacionava há mais de um ano e existiam relatos de agressões. No dia 14 de julho de 2013, Fabiano e a cabeleireira Maria Luciana saíram para um bar em Joaquim Gomes. Lá, o acusado combinou com a vítima para que ela fizesse uma limpeza na casa dele. Após deixar Maria Luciana no local, Fabiano retornou ao bar.

Horas depois, o acusado voltou para casa e aumentou o volume do som para que os vizinhos não ouvissem as agressões físicas que a vítima estava sofrendo. Ainda segundo a denúncia, ele espancou a namorada e atirou em sua cabeça.

Aos policiais civis, responsáveis por investigar o caso, vizinhos contaram que apesar do acusado tentar abafar o som do tiro, eles ouviram o barulho e ao abrir a porta da casa encontraram a cabeleireira caída no chão  gravemente ferida. Ela chegou a ser levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, passou quatro dias sob cuidados médicos, mas não resistiu aos ferimentos e entrou em óbito. 

Após a morte da namorada, Fabiano Pereira se apresentou à polícia acompanhado de um advogado. Na ocasião, ele contou que o tiro tinha sido acidental. 

Durante o julgamento, o magistrado Geraldo Cavalcante Amorim lembrou, em sua sentença, os meios e as circunstâncias que o réu se utilizou para matar a namorada. “Com efeito, há nos autos fundados elementos que indicam a frialdade, a periculosidade e a covardia do réu, que, em razão do gênero de sua companheira, é responsável pela sua morte, com utilização de recurso que dificultou a sua defesa, como se pode constatar nos autos. Saliente-se, por oportuno, as lesões provocadas pelo disparo de arma de fogo, a curta distância”, ressaltou o magistrado ao concluir a decisão.

Matéria referente ao processo nº 0000342-81.2013.8.02.0015