Saúde

Mercado de suplementos alimentares valerá R$ 804 bilhões em 2025, diz pesquisa

Produtos têm ganhado cada vez mais espaço na rotina de atletas e amantes da atividade física

Com o mercado aquecido, vários tipos de suplemento têm ganhado cada vez mais espaço na rotina de praticantes de atividades físicas. Por isso, a economia em torno desse modelo de alimentação também não para de crescer. O uso de suplementos pode gerar um boom nas finanças mundiais. Segundo uma pesquisa da Grand View Research, o mercado de suplementos pode atingir 194 bilhões de dólares, cerca de R$ 804 bilhões em 2025.

De acordo com o relatório, a prospecção está embasada “na crescente conscientização da saúde entre consumidores de todas as faixas etárias em todo o mundo, juntamente com um aumento considerável no número de academias e ginásios”.

Ainda que os Estados Unidos seja o maior consumidor dos suplementos alimentares, o estudo mostra que há expectativa no mercado de países emergentes. “Em um nível macro, a crescente conscientização referente ao enriquecimento nutricional deve impulsionar a demanda regional nos próximos anos. Além disso, espera-se que a crescente demanda de esportes como atividade curricular acadêmica em sistemas de ensino nos principais mercados, incluindo EUA, Rússia, China e Japão, promova a aplicação de suplementos alimentares entre crianças”, completa.

O Brasil é um dos países com maior crescimento no segmento de suplementos alimentares. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), em 2018, só o setor de Sport Nutrition – uma das quatro divisões do mercado, que ainda inclui Bem-Estar, Perda de Peso e Nutrição Cosmética – faturou cerca de R$ 2,24 bilhões, crescendo 12% em relação ao ano anterior.

Um dos mais utilizados no Brasil e no mundo é o whey protein. Segundo a nutricionista Karin Honorato, o suplemento atua no ganho de massa muscular. “É um produto muito interessante, porque não só ajuda na síntese de proteínas para formar mais músculos, como também ajuda na imunidade e melhora a saúde óssea”, afirma.

Ela ressalta que existem vários tipos, e que o atleta ou praticante de atividade física deve ficar atento às características de cada produto. “Existem vários tipos de whey! Principalmente o da forma isolada, que é o que possui até quase 95% de proteína. A forma concentrada tem entre 20% e 90% e tem o valor proteico menor e pode vir também com gordura, açúcar e até lactose”, completa.

Quem também está entre os favoritos nas academias e ginásios é a creatina, um derivado de aminoácido produzido no corpo, mas encontrado em grandes quantidades na carne. Ela afirma que “quem consome muita carne não precisa utilizar o suplemento”. A creatina ajuda no crescimento muscular, na manutenção de força e na resistência.

Ainda que os últimos resultados no mundo dos negócios sejam bons, especialistas avaliam que o mercado de suplementos alimentares no Brasil ainda pode melhorar. Essa é a opinião de Wilton Colle, fundador da Midway Labs USA.

“Nos EUA o consumidor quem fiscaliza o mercado, ele quem decide o que vai ser bem sucedido ou não. É preciso flexibilizar as regras no mercado brasileiro de suplementos com menos Estado e mais mercado”, finaliza.