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Programas educacionais atuam para amenizar desigualdades entre gêneros

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Recentemente, o relatório anual divulgado pelo Fórum Econômico Mundial constatou que a paridade de gênero no trabalho só será alcançada em mais de dois séculos. De acordo com os estudos, as mulheres terão a mesma remuneração que os homens em exatamente 257 anos.

Apesar da pesquisa ter apontado uma perspectiva positiva nas áreas de saúde, educação e política, com uma média de 99,5 anos para alcançar uma igualdade média global, no mercado de trabalho elas ainda irão sofrer com a falta de valorização e discriminação por causa do gênero.

O relatório atribui essa disparidade econômica à ausência das mulheres em cargos gerenciais e, também, ao congelamento de salários. Considerando os números por regiões do globo, a Europa Ocidental tem os índices mais positivos, uma estimativa de 54 anos para alcançar essa igualdade.

Como forma de amenizar essa discrepância existente entre os gêneros, que afeta as mulheres em todo o mundo, principalmente nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, existem ações educacionais que visam combater as injustiças sociais nos âmbitos profissional e acadêmico.

Nessa perspectiva, programas como o Educa Mais Brasil, que fomenta a educação no país, oferta bolsas de estudo para milhares de pessoas que não têm condições de bancar as mensalidades integrais em diversas instituições de ensino superior no país.

Apesar de não ser voltado exclusivamente para mulheres, o programa oferece apoio e garante que uma parcela significativa da sociedade tenha melhorias na qualidade de vida através dos estudos.

Nesta mesma vertente, O Diplomacia Civil, órgão vinculado ao Instituto Attitude, foi criado com a finalidade de influenciar futuros líderes brasileiros a compreenderem e atuarem em temáticas internacionais que causem impacto direto na sociedade brasileira, mudando a realidade das comunidades em que residem.

O programa tem a missão de conectar jovens com eventos e ideias de outros países por meio de capacitação e coordenação de delegações através de conferências internacionais.

Tatiana Ramalho, coordenadora do programa nacional e internacional do Instituto Attitude, fala sobre as atuações efetivas do órgão. “Nós trabalhamos com jovens entre 18 e 35 anos, realizando viagens para fóruns internacionais com a perspectiva de que eles se inspirem nesses eventos, onde estão líderes mundiais, para revolucionar e buscar ideias de engajamento e ações sociais para serem desenvolvidas no Brasil”, explica.

A doutoranda e mestre em sociologia e antropologia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Michelle Louzeiro, participou no mês de novembro, através do Diplomacia Civil, da Cúpula de Nairobi, um fórum que relatou o balanço das desigualdades de gênero no mundo.

A mestre em ciências sociais destacou as arbitrariedades às quais as mulheres ainda são submetidas. “Essa desigualdade de gênero no Brasil continua enorme por mais que tenhamos mais tempo de escolaridade e a nossa diferença salarial ainda é muito grande. Participar desse fórum é importante porque demonstra as ações realizadas, tanto em políticas públicas, ativistas e entidades filantrópicas para reduzir a disparidade salarial, questões relacionadas ao casamento infantil e violência doméstica”, analisa.

O Diplomacia Civil organiza delegações com equipes de estudantes, jovens universitários e pesquisadores. Os participantes são avaliados de acordo com as qualificações acadêmicas, interesses pessoais e profissionais, contribuição para a sociedade e proposição de tema para desenvolvimento de artigo.

Para 2020, os primeiros fóruns já estão com inscrições abertas e seguem até o dia 31 de dezembro de 2019. São eles: o World Urban Forum, que irá debater os objetivos de Desenvolvimento Sustentável entre os dias 8 e 13 de fevereiro em Abu Dhabi, e o 64th Commission on the Status of Women, que trata sobre a Igualdade de Gênero e ocorrerá entre os dias 9 e 20 de março.

 

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