Os policiais civis de Alagoas irão decidir em assembleia geral marcada para segunda-feira, 13, se irão decretar greve por tempo indeterminado. O estopim foi o fato do Governo de Alagoas enviar à Assembleia Legislativa um projeto de serviço voluntário que exclui os agentes e escrivães de polícia.
De acordo com informações do presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, após os atos públicos realizados pela categoria, o canal de negociação com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) foi aberto. Na Mesa de Negociação, o governo se comprometeu em atender parte do pleito da categoria e avançar na questão do reajuste do piso salarial.
Na oportunidade, o secretário da Seplag, Fabrício Marques, propôs um calendário para tratar dos itens da pauta, como a periculosidade, serviço voluntário, reajuste do piso salarial, entre outros pontos. “Mas a categoria foi surpreendida no final de dezembro, com o envio do projeto de serviço voluntário à Assembleia Legislativa, que contempla apenas os delegados, excluindo os agentes e escrivães de polícia”, revela o sindicalista.
A atitude do Executivo Estadual foi vista como traição para os policiais civis alagoanos. “A categoria se sente traída com a atitude do Governo. Fica difícil negociar com um governo que não tem compromisso com os policiais civis. Então, por conta da quebra de compromisso e do diálogo, o Sindpol realizará uma assembleia geral com indicativo de greve com tempo indeterminado”, disse o presidente do Sindpol.
O Sindpol informou que os agentes de polícia recebem o pior piso salarial da segurança pública com nível superior em Alagoas. Atualmente, o soldado da Polícia Militar, que é nível médio, recebe piso salarial maior que os agentes e escrivães.
“Os policiais civis não aguentam mais tapinhas nas costas do governo do Estado, sem haver uma valorização, sem haver uma verdadeira motivação para os policiais civis desempenharem suas funções”.
Na assembleia geral, que será realizada no auditório do Sindicato dos Bancários, além da questão salarial, o Sindpol tratará da portaria da Delegacia Geral que acaba com os plantões no interior e na capital, sobrecarregando e desmotivando os agente e escrivães nas delegacias.