Saúde

Governo pode ter contas bloqueadas caso alimentação de bebês expostos ao HIV não seja fornecida

Tratativas administrativas foram tomadas para que estoque de fórmula láctea seja estabilizado por 30 dias.

A Defensoria Pública Estadual poderá ingressar com uma ação de bloqueio de contas do Governo de Alagoas caso o Executivo Estadual continue descumprindo uma decisão judicial que garante a distribuição de fórmulas lácteas a bebês expostos ao HIV. Neste primeiro momento, o defensor público Daniel Alcoforado conseguiu – após tratativas administrativas – assegurar a distribuição da fórmula láctea pelos próximos 30 dias.

À instituição, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) se comprometeu neste período, finalizar o processo licitatório, realizar a compra do suplemento e reabastecer as maternidades e os centros de distribuição (Hospital Helvio Auto, Hospital Universitário e PAM Salgadinho).

Atualmente, 153 bebês, de  0 a 12 meses, recebem a fórmula láctea em Maceió, conforme dados apurados pela Rede Cegonha, da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS).

Em 2016, o Núcleo de Direitos Coletivos e Humanos da Defensoria Pública ingressou com ação civil pública e, posteriormente, com pedido de bloqueio das contas do Estado a fim de sanar o desabastecimento das unidades de saúde que, na época, prejudicava 100 crianças. Na ocasião, o Poder Judiciário determinou o bloqueio e sequestro de aproximadamente R$ 240 mil das contas públicas, garantindo a distribuição da fórmula láctea por um período superior a seis meses.

De acordo com a Defensoria Pública, há mais de quatro anos, os defensores atuam para assegurar o abastecimento dos suplementos para estes bebês e continuarão acompanhando a situação de perto. Caso o estoque não seja estabilizado, um novo pedido de bloqueio de contas será impetrado judicialmente. A intenção é garantir o cumprimento da decisão judicial anterior e assegurar a alimentação e saúde das crianças que necessitam do suplemento.