Maceió

Pinto do Tabuleiro é recuperado e volta ser marco referencial

A reinauguração aconteceu nessa terça-feira (11) com a participação de orquestra de frevo do bloco Pinto da Madrugada.

Inauguração do Pinto do Tabuleiro
Foto: Pei Fon/ Secom Maceió

Com o objetivo de resgatar um marco referencial no bairro Tabuleiro do Martins e a memória de maceioenses e alagoanos, a Prefeitura de Maceió viabilizou a recuperação do monumento Pinto do Tabuleiro, em parceria com a iniciativa privada. A reinauguração aconteceu nessa terça-feira (11) com a participação de orquestra de frevo do bloco Pinto da Madrugada.

O projeto foi coordenado pela Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) e incluiu a revitalização da estrutura de concreto, nova pintura e a base de proteção em madeira. “Esse símbolo traz memórias afetivas maravilhosas, saudosismo e é um elemento que fazia parte e composição desse cenário desde a década de 60. A Prefeitura idealizou a revitalização para resgatar um marco referencial de localização no Tabuleiro do Martins. Assim, a gente reconta a história que faz parte das lembranças de muitas pessoas”, pontuou Fábio Palmeira, coordenador de Parques e Intervenções da Sudes.

O Pinto do Tabuleiro era símbolo de uma extinta fábrica de ração animal, nos anos 1960, às margens da Avenida Durval de Góes Monteiro, e chamava a atenção de quem chegava ou saía da capital. O monumento foi retirado devido aos problemas na estrutura e permaneceu, até pouco tempo, guardado. Com a parceria entre a Prefeitura de Maceió, bloco Pinto da Madrugada, Edmundo Auto Peças e Malta Madeiras, ele voltou ao local e já ganha os olhares de quem estava sentindo falta e também de quem ainda não o conhecia.

Alexandre Américo, autônomo, é um dos maceioenses que tem boas lembranças quando recorda a época em que o monumento era a referência na região. Agora, ele comemora o retorno. “O Pinto do Tabuleiro traz uma boa recordação, porque nos anos 80 eu passava e o via. É um prazer vê-lo restaurado. Moro aqui no bairro há 20 anos e parabenizo este projeto que faz muito bem a todos”, afirmou o morador.

Quem participou do processo de recuperação do monumento reconhece a importância da reinauguração. É assim para Elaine Ambrósio, diretora da loja Edmundo e Braga Auto Peças. “É muito importante para a empresa e também para mim, porque vivi, cresci e passei a infância e adolescência no Tabuleiro, que ficou conhecido como Tabuleiro do Pinto justamente por causa deste monumento. Então fico imensamente feliz por ele ter voltado, pois é resgatar a memória da população”, exalta Elaine.

A estrutura revitalizada do Pinto foi reinaugurada ao som de marchinhas de carnaval executadas pela orquestra de frevo do bloco Pinto da Madrugada. O diretor do bloco, Hermann Braga, defende que a Prefeitura recupera um patrimônio da cidade: “Parabenizo a Prefeitura pela iniciativa e foi um casamento perfeito a volta do pinto ao Tabuleiro com o Pinto da Madrugada, duas grandes paixões dos maceioenses e alagoanos. O Pinto do Tabuleiro é um verdadeiro patrimônio afetivo da cidade, então essa iniciativa merece aplausos , porque mostra que a cidade é feita também de patrimônios afetivos”.

Monumento

O Pinto do Tabuleiro foi criado pela Companhia Alagoana de Rações Balanceadas – Rações Carb S/A, uma empresa de ração animal em Alagoas que instalou o monumento em sua sede, como uma estratégia para marcar a identidade visual da empresa. A Rações Carb permaneceu em funcionamento por cerca de trinta anos e, antes de encerrar suas atividades, passou toda a estrutura para uma nova empresa, a Rações Guabi. Os novos proprietários, na época, decidiram manter na sede o símbolo da extinta Carb. A Rações Guabi também fechou suas portas no final dos anos 1990.

Há quase vinte anos, a Edmundo Auto Peças ocupou a sede das antigas fábricas de rações. A empresa de peças automotivas manteve a estrutura do Pinto, sendo retirada e guardada após anos em decorrência de reformas no local. O monumento foi armazenado na sede da empresa e, por consequência, foi se deteriorando com o passar do tempo. Agora, o monumento volta a compor a paisagem em seu local de origem não apenas como um marco referencial de localização, mas também como patrimônio da capital alagoana.