A Polícia Militar, por sua vez, afirma que o rapaz atirou na guarnição que reagiu à injusta agressão
Familiares do jovem Wanderson Sabino de Oliveira, de 26 anos, acusam uma guarnição da Polícia Militar de tê-lo executado durante uma abordagem, no bairro do Tabuleiro do Martins. Segundo a família, os dois seguiam na motocicleta da vítima em busca de alugar um apartamento.
A testemunha do fato, um primo da vítima menor de idade, conta que os policiais mandaram parar e colocar as mãos na cabeça. Disse ainda que a moto estancou e que quando Wanderson levantou as mãos foi atingido com um disparo de arma de fogo na cabeça. Ele disse também que um dos militares quis insinuar que o rapaz estava armado, mas ele garante que não é verdade.
O crime ocorreu na última quarta. Ainda segundo os familiares, o adolescente foi liberado pela guarnição, enquanto Wanderson foi levado ao Hospital Geral do Estado pelos próprios militares. Horas depois, a família foi acionada pelo serviço social da unidade de saúde informando que a vítima estava em estado gravíssimo. Os fatos foram denunciados à Polícia Civil e à Corregedoria Geral da Polícia Militar.
Vanderson deixa um filho de apenas oito meses e outra criança de três anos. Ainda segundo os familiares, ele trabalhava instalando antenas.
Durante o sepultamento da vítima, na tarde desta quinta-feira, 13, o padrinho de Wanderson, o policial civil Carlos Jorge, ex-dirigente do Sindpol, disse que está pedindo proteção ao menor que presenciou o fato e uma apuração rigorosa por parte da Delegacia de Homicídios da Capital (DHPP) já que todos têm certeza que o rapaz é inocente e que morreu durante uma abordagem truculenta e que houve simulação de tiroteio.
A Polícia Militar informou, por meio de nota à imprensa, que a guarnição informou que o condutor da moto foi abordado e que houve resistência. Wanderson atirou contra a equipe e houve confronto. Além disso, a PM disse que os militares apresentaram à delegacia todo o material relacionado à ocorrência. Agora, a instituição vai aguardar o andamento das investigações por parte da DHPP e ser notificada oficialmente.