Manoel Silva Rodrigues, que fazia parte de uma comitiva que levava o presidente Jair Bolsonaro ao Japão, foi preso em Sevilha em julho de 2019
O sargento Manoel Silva Rodrigues, que foi preso na Espanha com 39 quilos de cocaína levados um avião da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, em julho de 2019, fez um acordo com a promotoria espanhola e vai cumprir pena de seis anos e um dia.
É uma redução da condenação anterior, de oito anos. Rodrigues também vai pagar uma multa de 2 milhões de euros (cerca de R$ 9,5 milhões, na cotação atual).
Segundo a agência Efe, a pena foi diminuída depois da admissão de autoria por parte de Rodrigues –na corte, o sargento afirmou estar profundamente arrependido.
Rodrigues foi preso em Sevilha em 25 de junho de 2019. Ele havia viajado a Sevilha com 39 kg de cocaína na bagagem, e ia em um dos voos da comitiva que levava Jair Bolsonaro a um encontro do G20, no Japão. O presidente não estava no mesmo avião.
O brasileiro afirmou que sua missão era levar a droga até a Europa e voltar. Ao sair do aeroporto, ele iria para um centro comercial, onde aguardaria uma pessoa que daria um sinal.
“Em 20 anos de limitar, nunca abriram nenhum processo contra mim, e eu nunca tive nenhuma sanção, mas meu salário não é muito alto e eu estava passando por dificuldades econômicas”, disse o condenado, segundo o jornal “ABC de Sevilla”.
Ele ainda afirmou que pretende voltar ao Brasil e trabalhar.
A promotoria considerou que o militar brasileiro foi sincero e reconheceu seus crimes.