Manifestantes cobram o cumprimento do compromisso firmado pelo Governo de Alagoas para desapropriação de terras
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ‘bloqueiam’ desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (2), dois trechos de rodovias nos municípios do interior de Alagoas. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a PRF, os trechos bloqueados foram o km 166 da BR-101, em Teotônio Vilela e o km 40 da BR-104, além de União dos Palmares e Branquinha.
Os bloqueios foram parte das atividades alusivas ao Dia Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, Reforma Urbana e Democracia Brasileira, comemorado hoje. O ato acontece em 18 Estados brasileiros e deve culminar com uma caminhada em Brasília.
Em Alagoas, uma das reivindicações dos manifestantes é a cobrança do compromisso firmado há seis anos acerca da desapropriação das terras das usinas Guaxuma e Laginha para a reforma agrária.
A PRF confirmou que às 11h20 desta segunda-feira (2), todas as rodovias de Alagoas já foram liberadas após negociação com os manifestantes, após negociação com o Governo do Estado conforme nota abaixo.
“O Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) informa que o diretor presidente, Jaime Silva, entrou em contato na manhã de segunda-feira, 2 de março de 2020, com lideranças do movimento social Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), para fazer a intermediação quanto ao bloqueio de duas rodovias: BR-101, no km 166, em Teotônio Vilela; e BR-104, no km 40, em União dos Palmares. O FNL realiza uma manifestação nacional e uma das reivindicações é a cobrança da resolução do impasse sobre as terras das Usinas Laginha e Guaxuma – massa falida da Laginha Agroindustrial (Grupo João Lyra) – que possui um acordo para destinar à reforma agrária. Os trabalhadores rurais prometeram desobstruir as rodovias após ser firmado o compromisso com o agendamento de uma REUNIÃO na próxima sexta-feira(06.03) às 16h, local a ser confirmado, que contará com a presença de representantes do Iteral, Centro de Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária (CGCDHPC) da PM, Gabinete Civil e do Tribunal de Justiça.”