Saúde

Vítimas do Coronavírus não podem doar sangue por três meses, diz Hemoal

Sesau

Doação de sangue

Os voluntários que vierem a contrair o Coronavírus ficarão impedidos de doar sangue por três meses, após serem curados da doença, cujo primeiro óbito no Brasil foi confirmado nesta terça-feira (17). O novo critério para triagem já foi incorporado pelo Hemocentro de Alagoas (Hemoal), visando a segurança do paciente que necessitar de transfusão de sangue.

O impedimento momentâneo foi determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), que adotou a medida como precaução, uma vez que não está comprovado que o Coronavírus é transmitido pelo sangue. Ainda segundo a determinação do órgão ministerial, ficam inaptas para doar sangue, por 30 dias, as pessoas que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de regiões com casos locais confirmados da doença.Também ficam impedidas de doar sangue, pelo período de um mês, as pessoas que tenham mantido contato, nos últimos 30 dias, com um caso suspeito ou indivíduo diagnosticado com Coronavírus. O prazo começa a ser contado após o último contato com a pessoa infectada, conforme especificação da Anvisa.

Arboviroses – Essas medidas foram adotadas anteriormente para os casos de pessoas que tiveram dengue e chikungunya, cujo impedimento para doar sangue é de 30 dias após a cura de cada uma das doenças. Quanto à Zyka, o voluntário fica impossibilitado de praticar o gesto solidário pelo prazo de 120 dias, contados após se restabelecer da doença.

Além destes critérios, o Ministério da Saúde determina que ficam impedidos de doar sangue, permanentemente, os voluntários que tenham contraído doença de Chagas, Aids, sífilis e, após os 11 anos, hepatite. Gestantes e lactentes também não podem se candidatar à doação de sangue durante este período.“Esses critérios integram a Política de Segurança do Sangue estabelecida pela Anvisa. Com isso, fica resguardada a saúde do paciente que vier a precisar de uma transfusão de sangue, seja em uma cirurgia eletiva ou no tratamento de uma doença hematológica”, ressalta a hematologista e gerente do Hemoal, Verônica Guedes.