Com o surto de Covid-19 em todo mundo, a procura por máscaras descartáveis e álcool em gel cresceu nos últimos dias e pegou as farmácias, os hipermercados e os mercadinhos de Alagoas de surpresa. Por conta do aumento da demanda, estes insumos já estão esgotados em boa parte dos estabelecimentos comerciais de Maceió.
Com as prateleiras vazias, os ambulantes se aproveitaram da situação para faturar vendendo álcool em gel sem procedência nas esquinas e nos semáforos de Maceió.
Nesta tarde, internautas enviaram ao Alagoas 24 Horas um vídeo onde mostra um rapaz vendendo o antisséptico fracionado em diversos frascos ao preço de R$10. O flagrante aconteceu em um semáforo que fica próximo a Bomba do Gonzaga, na parte alta de Maceió. O material não possui rótulo do fabricante e também não traz dados importantes, como data de fabricação e validade.
Com o intuito de fortalecer a imunidade, os alagoanos estão lotando as farmácias em busca também de suplementos vitamínicos e vitamina C. Em alguns locais, estes itens já estão em falta.
Preços abusivos
Além da escassez dos insumos, outro problema que vem preocupando os consumidores é a prática abusiva dos comerciantes e fornecedores, que estão se aproveitando da situação de pandemia para elevar os preços dos produtos essenciais como álcool em gel e máscaras descartáveis.
Esta semana, um supermercado usou as redes sociais para denunciar que alguns fornecedores estão obrigando os pequenos empresários a efetuar uma compra mínima de R$1.000 em mercadorias para ter direito a comprar uma caixa de álcool em gel. Diante da situação abusiva, o supermercado resolveu bloquear tais fornecedores.
Com o objetivo de evitar abuso nos preços, o Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/AL) segue realizando fiscalizações. Nesta manhã, os fiscais estiveram em estabelecimentos comerciais no Centro da capital alagoana e seguem percorrendo vários estabelecimentos do estado.
De acordo com o Procon/AL, durante a fiscalização, um estabelecimento comercial foi autuado no Centro por vender com um valor abusivo álcool em gel fracionado, máscaras e luvas. O local terá 10 dias úteis para se defender. Caso isso não aconteça, a loja pode ser multada. “Alguns estabelecimentos estão se aproveitando desse momento delicado e superfaturando esses produtos, elevando seus preços acima do valor de mercado. Sendo assim, nossos fiscais estão atuando para evitar que você consumidor, não seja prejudicado”, disse o coordenador de fiscalização, João Lessa.