Matar cruelmente sem ofertar chance de defesa alguma à vítima, tratar a ação criminosa como algo comum desconhecendo o valor do bem mais precioso concedido por Deus: a vida. O caso Joyce, neste 18 de março, ganha mais um capítulo, rumo à condenação do acusado, e réu confesso, Luiz Felipe Cardoso Moleda, conhecido como “galegrau”, de 20 anos. O promotor de Justiça, Dênis Guimarães de Oliveira, da 47ª Promotoria de Justiça da Capital, denunciou o autor material por homicídio com quatro qualificadoras (motivo fútil, traição, meio que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio) e pede ainda a manutenção da sua prisão preventiva.
Crime bárbaro, à traição, impossibilitando a defesa da vítima, por motivo fútil, além de ser cometido contra uma mulher em razão da condição do sexo, claramente tipificado no artigo 121, § 2], II e IV e VI do Código Penal. Para o promotor Dênis Guimarães, não há outra expectativa senão a de ele ser julgado , condenado com a pena máxima.
“O caso está mais do que esclarecido, inclusive com a confissão do réu. Inicialmente ele negou os fatos, mas quando confrontado pelas provas que foram trazidas pelo serviço de inteligência da polícia civil, não conseguiu mais negar o fato. O comportamento dele em nenhum momento demonstrou arrependimento e, mesmo que o fizesse, foi cruel ao ceifar a vida de uma jovem, à traição, já que num gesto de ‘camaradagem’ simulado por ele, quando na verdade já havia premeditado o assassinato, confiou e foi ao seu encontro. O Ministério Público defende julgamento e condenação com pena máxima”, afirma o promotor Dênis.
O caso
Joyce e Lucas Felipe haviam namorado e a vítima rompido o relacionamento, o que teria deixado o denunciado revoltado. Com o crime já planejado, naquele dia, 25 de fevereiro de 2020, Joyce se encontrava na casa de uma amiga, quando ele apareceu convidando-a para conversar. Os três saíram numa motocicleta, guiada por Lucas, até o residencial Rosa dos Ventos, onde ocorreu a execução, filmada pelas câmeras de segurança.
Joyce foi encurralada e, depois de dominada, atingida com um tiro na cabeça, o que prova autoria e materialidade do crime.
As diligências realizadas impediram, inclusive, que o acusado fugisse, já que estava escondido e se organizando para ir ao estado do MS.
Pelo Ministério Público, o caso tem acompanhamento e atuação dos promotores de Justiça Rodrigo Soares e Dênis Guimarães.
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