Funcionários de loja denunciam trabalho sem registro de ponto em 1º dia de quarentena

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Funcionários de um home center – localizado no bairro do Tabuleiro dos Martins, às margens da Avenida Durval de Góes Monteiro – divulgaram nas redes sociais que o gerente do estabelecimento comercial não cumpriu a determinação de fechar a loja após o decreto governamental neste sábado (21).

Se não bastasse a aglomeração de funcionários da loja, que é de grande porte, os trabalhadores informaram ainda que o gerente do local estava tentando fazer com que eles cumprissem expediente sem o registro do ponto eletrônico.

Diversos funcionários gravaram vídeos do ocorrido. Uma das trabalhadoras passou mal devido ao tumulto e precisou ser levada pelos colegas a uma unidade de saúde.

A Polícia Militar foi acionada para conter o tumulto e preservar a integridade e saúde dos trabalhadores, que se recusaram a entrar no estabelecimento.

Por meio de nota, a empresa se pronunciou dizendo que estão “cumprindo rigorosamente a determinação de manter o estabelecimento fechado aos clientes, conforme estabelece os decretos estadual e municipal. Tomamos todas as medidas recomendas para evitar a propagação do COVID-19. Medidas, inclusive, referendadas pelo Ministério Público do Trabalho de Alagoas. 

Na manhã deste sábado, (21/03), no entanto, colaboradores ainda se dirigiram à loja. Alguns por não ter havido tempo hábil para comunicá-los; outros por exercerem atividades imprescindíveis para a operação, como processamento de folha de pagamento, tecnologia da informação, televendas, manutenção e segurança patrimonial.

De um total de 505 colaboradores da nossa loja matriz, apenas 15 ficarão trabalhando. Outros 35 seguem em regime de plantão e turnos alternados. Ainda assim, serão convocados prioritariamente àqueles que possam se deslocar sem utilizar transporte público.

Reforçamos que se trata da nossa matriz, unidade que dá suporte a outras operações em outros estados, inclusive aos que não adotaram o fechamento de lojas, como Rio Grande do Norte (Natal) e Paraíba (Cabedelo e Campina Grande).

No mais, já havíamos liberado também todos os colaboradores com mais de 60 anos, pessoas com doenças crônicas (asma, bronquite crônica, hipertensos ou diabéticos); pessoas que fizeram cirurgia bariátrica nos últimos seis meses; portadores de HIV e pessoas que estejam ou tenham tido tratamentos nos últimos cinco anos de câncer, linfomas ou leucemia.

Outras medidas preventivas também haviam sido adotadas, como a suspensão do controle de ponto por meio de biometria, visando preservar a própria integridade dos colaboradores, sem que houvesse qualquer prejuízo financeiro para os mesmos.

Por fim, enfatizamos que estamos todos comprometidos no combate à propagação do COVID-19. Entendemos que essa é uma luta de todos: poder público, iniciativa privada e a sociedade. Seguiremos firmes nesse compromisso.”

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