Candidato do partido democrata tenta se firmar como opositor de Trump
Bernie Sanders, do partido democrata norte-americano, é um entusiasta da maconha. A liberação da planta é uma das bases de sua proposta para ser o candidato do partido na disputa pela presidência do país, nas eleições de novembro, contra Donald Trump, do Partido Republicano. Vale lembrar que sites como o www.weednews.co apresentam informações e produtos relacionados ao canabidiol, extrato da maconha.
Candidato nas eleições passadas, Sanders tem tentado se firmar diante do eleitorado americano. Vencedor das prévias em New Hampshire, seu principal oponente dentro do partido democrata é o jovem Pete Buttigieg, ex-prefeito de South Bend, em Indiana. Sanders é visto como radical e isso incomoda os democratas, que procuram um candidato mais moderado.
Ainda assim, Bernie está disposto a bancar a liberalização da maconha para a campanha que acontece neste momento. Ele, inclusive, tem um plano de governo para legalizar a droga no país.
Alguns estados dos EUA, através de suas legislações locais, já legalizaram a maconha para fins medicinais ou recreativos. A ideia do senador de Vermont, no entanto, é mais ousada: ele quer descriminalizar o uso da planta em todo o território estadunidense e mudar completamente a forma como o Estado lida com a questão das drogas.
“Quando dissemos há quatro anos que precisávamos legalizar a maconha, foi considerada uma ideia ‘radical’. Hoje, 11 estados já legalizaram. Não é mais tão radical. Quando estivermos na Casa Branca, faremos isso em todo o país”, disse Sanders pelo Twitter recentemente.
Atualmente, a indústria legal da erva movimenta 10 bilhões de dólares nos Estados Unidos. Dez estados americanos já legalizaram o uso do produto e 34 liberaram a maconha para fins medicinais. O mercado global de cannabis movimentou, entre 2018 e 2019, 18 bilhões de dólares. Segundo o levantamento do Banco de Montreal, no Canadá, esse mercado vai chegar a 194 bilhões dólares até 2026.
Os pontos chave do plano de governo de Sanders com relação à cannabis são: legalizar a maconha nos primeiros 100 dias de governo com ação executiva; extinguir todas as condenações anteriores relacionadas à maconha; garantir que a receita da maconha legal seja reinvestida nas comunidades mais atingidas pela Guerra às Drogas; e garantir que a maconha legalizada não se transforme em uma grande indústria de tabaco, diz um trecho do documento.
“Por que, em 2019, você pode ser preso por fumar maconha, mas nenhum dos bandidos de Wall Street foi preso por quase destruir a economia há 11 anos? Por que milhões de dólares estão sendo feitos por empreendedores de cannabis, brancos, a maioria homens e já ricos, em estados onde a maconha é legal, enquanto as pessoas e comunidades devastadas pela Guerra às Drogas foram excluídas da indústria, tiveram crédito negado e muitos ainda estão encarcerados? Isso vai mudar quando Bernie for presidente”, diz outro trecho da proposta.