BNDES anuncia linha de R$ 2 bilhões para compra de materiais hospitalares

Sérgio Moraes/Reuters

Sérgio Moraes / Reuters

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou neste domingo (29) uma nova linha de R$ 2 bilhões voltada à compra de materiais e equipamentos hospitalares e à ampliação do número de leitos emergenciais para a rede de saúde, em mais uma medida para tentar minimizar os impactos do coronavírus na economia.

Empresas de outros setores que buscam converter suas produções em equipamentos e insumos para saúde também poderão contratar esse crédito.

A estimativa do BNDES é de que os recursos sejam suficientes para ampliar a quantidade de leitos de UTIs em 3 mil, o equivalente a mais de 10% da disponibilidade atual de leitos do SUS no país. Já o número de respiradores pulmonares deverá aumentar em 15 mil, o correspondente a 50% da demanda total do SUS prevista para os próximos três meses, segundo o banco. O BNDES calcula ainda que o número de monitores aumentarão em 5 mil e que o número de máscaras cirúrgicas deverá aumentar em 88 milhões.

Com a nova linha, chega a R$ 97 bilhões o volume de recursos mobilizados em medidas de combate ao coronavírus pelo banco de fomento.

Na semana passada, R$ 55 bilhões foram aprovados, sendo R$ 20 bilhões em transferência de recursos do fundo PIS/PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), R$ 19 bilhões para a suspensão de pagamentos de operações diretas com o banco, R$ 11 bilhões para suspensão de pagamentos de operações indiretas (créditos tomados por bancos parceiros) e R$ 5 bilhões para reforço da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas.

Também na semana passada, o BNDES havia anunciado outros R$ 40 bilhões para uma linha emergencial de crédito para folha de pagamento de pequenas e médias empresas. Esses recursos poderão ser acessados por negócios com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões, exclusivamente para o pagamento da folha de salários de funcionários, por meio de bancos credenciados.

O banco explicou que os recursos serão depositados para pagamento dos trabalhadores e estão limitados a dois salários mínimos (até R$ 2.090,00), permanecendo o restante, se houver, a cargo do caixa da empresa. O pagamento do empréstimo será feito pela empresa que contratar o crédito junto aos bancos.

Para esse programa destinado às PMEs, haverá aporte de R$ 34 bilhões do Tesouro Nacional e de R$ 6 bilhões de recursos dos bancos. Assim, 85% do risco de crédito será do governo e os 15% restantes, dos bancos.

O BNDES destacou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) concedeu uma autorização exclusiva ao BNDES para repassar recursos às fintechs autorizadas como Sociedade de Crédito Direto (SCDs). Com isso, a partir de maio, as fintechs cadastradas na plataforma online de solicitação de crédito do BNDES, o Canal MPME, passarão a operar com recursos do banco de fomento.

Fonte: CNN Brasil

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