Esporte

Fifa pede que jogadores cortem salários pela metade por causa do coronavírus

Em alguns países, como Alemanha e Barcelona, medida afetou grandes clubes

Credito PURE · VIRTUAL on Unsplash

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A pandemia causada pelo coronavírus está mudando a rotina esportiva em todo mundo. Até mesmo sites de apostas, como o Sportingbet, estão procurando alternativas para entreter os apostadores enquanto as competições não voltam ao normal.

Sem jogos, as rendas de bilheteria e ações promocionais dos clubes estão despencando. Com isso, o faturamento de grandes times também tem sofrido abalos. Isso vai se refletir nos salários astronômicos de alguns astros do futebol.

A Fifa já se pronunciou pedindo que os atletas possam entrar em negociação com os seus respectivos clubes para encontrar alguma solução viável neste momento de crise econômica.

Na Inglaterra, a Premier League está considerando adotar essa medida, que atingiria cinquenta por cento dos salários. Uma vez recuperada a normalidade, os contratos retornariam ao seu estado primário, mas sem esquecer a realidade que circunda a sociedade e o esporte.

Na Alemanha, jogadores de Bayern de Munique e Borussia Dortmund, as principais equipes do país, já aceitaram reduzir em 20% seus salários. “Os jogadores de futebol formam um grupo de profissionais especialmente privilegiados, por isso é evidente que temos que aceitar uma redução salarial quando for necessária. O Bayern de Munique tem cerca de mil empregados e muitos outros ligados indiretamente, em tarefas importantes. Queremos ajudá-los com esse gesto”, declarou Neuer no dia 25 de março.

Nesta segunda-feira (30), o capitão e astro do Barcelona, Lionel Messi, garantiu que o elenco do clube espanhol aceitou reduzir em 70% o salário diante da crise provocada pelo coronavírus. Além disso, o plantel vai reunir colaborações para que os funcionários do clube continuem recebendo seus salários integralmente.

“Vamos fazer contribuições para permitir que os funcionários do clube recebam 100% dos seus pagamentos”, disse Messi.

Segundo a imprensa catalã, o tom do discurso do capitão do Barcelona é uma resposta a insinuações nos bastidores feitas pelo presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, de que o elenco não estava aceitando diminuir seus salários durante a crise.

Aqui no Brasil, a situação é um pouco mais complicada. Jogadores só aceitam negociar uma redução salarial se a CBF participar das negociações. A entidade máxima do futebol nacional já disse que não entra nessa discussão. Os acordos, portanto, serão feitos entre clube e jogador.