Oficial – que não teve a identidade revelada – está na reserva da força desde 2002. Arma foi apreendida.
Um general do Exército Brasileiro foi levado para o Hospital Central da força armada, na noite de sábado (11), após ser flagrado andando armado na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio.
Segundo informações do Comando Militar do Leste (CML), o homem – que não teve a identidade revelada – está na reserva do Exército desde 2002 e foi diagnosticado com síndrome demencial. A arma que o general portava foi apreendida e está acautelada na 14ª DP (Leblon).
Depois de ser levado para o Hospital do Exército, o militar permaneceu sob cuidados médicos. Ninguém se feriu durante a ação.
Um vídeo feito por uma pessoa que acompanhou a situação circulou por redes sociais. As imagens mostram o general numa das pistas da Avenida Epitácio Pessoa enquanto é acompanhado por policiais do programa Lagoa Presente.
É possível ouvir vozes de pessoas defendendo que os policiais atirassem no oficial. Uma outra voz pede para que os agentes não disparem porque o homem é um general do Exército.
Síndrome demencial
Um psiquiatra ouvido pelo G1 explicou que a síndrome demencial se trata de um “processo de prejuízo global do cérebro”, e que geralmente ocorre numa idade avançada.
O especialista, que pediu para não ser identificado, atribuiu a síndrome a algumas causas como Alzheimer, Parkinson, senilidade e outras.
Sem tratar do caso específico do general, o psiquiatra explicou que é possível que pessoas diagnosticadas com síndrome demencial apresentem um quadro psicótico.
“Pode acontecer de uma pessoa, tendo um quadro desses, apresentar um quadro psicótico: delírios, alucinações.. Pode acontecer”, afirmou.
O psiquiatra acredita que o isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus pode ser um dos motivos para uma pessoa apresentar esse “mau funcionamento do cérebro”.
E acrescentou que isso pode provocar delírios por diferentes razões, como mudança de ambiente, de casa e estresse.