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Ex-Flamengo relata drama e ajuda de Carille e Grohe para tentar deixar Oriente Médio: “Estamos na esperança de voltar para o Brasil”

Paulo Whitaker / Reuters

Paulo Whitaker / Reuters

Cria da base do Flamengo e bicampeão carioca pelo clube, o volante Muralha vive um verdadeiro drama no Oriente Médio. Jogador do Al-Hazem, da elite do futebol da Arábia Saudita, o jogador tenta voltar ao Brasil em meio à pandemia do COVID-19, mas tem encontrado algumas dificuldades. Em entrevista exclusiva ao Expediente Futebol desta quinta-feira (16 de abril), ele revelou que não é o único que passa pela mesma situação.

Há duas semanas, ele e um grupo de jogadores e treinadores brasileiros que vivem na Arábia Saudita, incluindo o técnico Fábio Carille, ex-Corinthians, e o goleiro Marcelo Grohe, ex-Grêmio, tentam um voo de repatriação para o Brasil. Mas segundo ele, o Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores, e a Embaixada Brasileira no país árabe não estão se entendendo.

“Estamos passando um sufoco, mínimo. Para tranquilizar a todos, estamos em casa, com o salário em dia. O Itamaraty e a Embaixada que não estão falando a mesma língua, isso que está dificultando um pouco a gente, para conseguirmos um voo de volta para o Brasil. Mas tem alguns jogadores em cima, que fizeram um grupo para tentar fretar um voo, que seria um plano B. Estamos nessa briga, nessa correria para tentarmos voltar para o Brasil”, afirmou Muralha.

“Estamos há mais de duas semanas esperando por esse voo de repatriação do Brasil e estamos na esperança que o voo saia o mais rápido possível, para todos voltarmos para o Brasil tranquilos”, prosseguiu.

Por último, ele atentou para o fato de, mais cedo ou mais tarde, as fronteiras serem fechadas e eles não conseguirem retornar. Para evitar o pior, Muralha revelou que Carille e Grohe têm ajudado bastante nessa questão, estando sempre em contato com os órgão competentes para que os mesmos possam acelerar a volta de todos para o Brasil.

“Esse está sendo o nosso maior medo (fechamento da fronteiras). Aqui é uma cidade muito fechada em relação ao Brasil. É diferente de estar no seu país, falar a sua língua, sente que não está no seu habitat. O Carille e o Grohe que estão fazendo essa política, juntamente com os jogadores, no Itamaraty, para fazermos essa pressão porque daqui a pouco fecha tudo. Temos que correr atrás para não fechar tudo e ficarmos aqui de mãos atadas”, completou.