Um estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) atesta que os governadores têm sido os principais alvos de ataques nas redes sociais. O crescimento exponencial dos ataques teve início em 7 de abril, quando o embate entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os governadores teve início diante das medidas adotadas para combate ao COVID-19.
O levantamento aponta, ainda, que os governadores João Dória (SP), Wilson Witzel (RJ) e Flávio Dino (MA) estão entre os mais atacados. Mas o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), começa a entrar na berlinda. Os analistas acreditam que os ataques são promovidos, em sua maioria, por robôs e grupos de WathsApp.
Os principais ataques tentam reduzir a gravidade da pandemia do COVID-19 no Estado, afirmando que não existem casos ou que não há motivo para alarmismos. Alagoas foi um dos estados da federação que registrou pelos menos três carretas solicitando o fim do isolamento nos moldes atuais.
Nesta segunda (20), Renan Filho assinou novo decreto, com validade até 5 de maio, em que libera alguns setores do comércio e endurece as regras para funcionamento de agências bancárias e supermercados, exigindo a utilização de máscaras por parte dos clientes e dos funcionários. O novo decreto ainda prevê o pagamento de multa em caso de descumprimento.
Essa exigência da máscara, apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma medida eficiente para reduzir o contágio, foi transformada em fakenews. A mensagem que circula pelas redes sociais desde ontem “orienta” a população a não usar as máscaras, uma vez que elas estariam contaminadas de propósito com o coronavírus, uma vez que vieram direto da China.
A mensagem é completamente mentirosa e um risco à saúde da população, além de carregada de preconceito e nenhum conhecimento em biologia.
Os mais respeitados infectologistas do país são unânimes ao afirmar que não há, até o momento, nenhum remédio específico no combate ao COVID-19 e que a melhor opção é a prevenção, com distanciamento social, uso de máscaras e reforço nas medidas de higiene pessoal.