A pandemia da Covid-19 tem causado sérios impactos na economia mundial. O futebol tem sido bastante afetado com a proibição de eventos até com portões fechados. Na busca por soluções para a crise, o Flamengo deve reduzir o elenco para enfrentar o aperto financeiro pós-pandemia.
Mesmo sendo o clube com a maior receita do futebol brasileiro, o Rubro-Negro prevê dificuldades pela frente. Assim como seus pares, busca formas de antecipar receitas e adiar ou eliminar despesas. Na semana passada, o time esteve no noticiário após obter uma linha de crédito bancária de até R$ 50 milhões e renegociar o pagamento das parcelas referentes ao zagueiro Léo Pereira, junto ao Athletico-PR.
O próximo passo da diretoria deve ser no sentido de enxugar o elenco. Apesar de ter três competições simultâneas para disputar no segundo semestre, o clube não tem outra saída.
Dois jogadores encabeçam a lista de negociáveis. O colombiano Orlando Berrío e o paraguaio Piris da Motta. O atacante chegou ao Flamengo em 2017 e tem contrato até o final deste ano. Aos 29 anos, Berrío é pouco aproveitado por Jorge Jesus e tem muitos concorrentes na linha de frente. Com nove atacantes no elenco profissional, o Flamengo não deve sentir sua falta.
Primeiro volante, Piris da Motta, de 25 anos, foi contratado em 2018 como uma promessa do futebol paraguaio. Ele nunca desencantou e acabou perdendo espaço com a chegada de Thiago Maia em 2020. Além do ex-santista, ele tem a sombra de dois jovens da base, o elogiado Vinicius Souza e Hugo Moura. Com cinco atletas disputando uma posição, também é pouco provável que o Rubro-Negro tenha problemas no setor.
Além dos dois, o Flamengo poderia reduzir o elenco emprestando ou negociando jogadores que vieram da base. A maioria é pouco aproveitada e não recebem valores que causariam um impacto significativo na folha. Entre estes estão os zagueiros Rafael Santos e Dantas, o volante Hugo Moura, o meia Pepê e o atacante Lucas Silva.