Na última terça-feira, ao ser questionado sobre a permanência de Regina no governo, Bolsonaro disse que só presidente e vice não podem ser trocados.
Comandada por Olavo de Carvalho, a ala ideológica do governo do presidente Jair Bolsonaro conseguiu nesta terça-feira (5) uma vitória na Secretaria da Cultura, comandada por Regina Duarte: a volta de Dante Mantovani para a Funarte.
Auxiliares de Bolsonaro que são aliados de Regina Duarte dizem que foram pegos de surpresa com a informação, mas admitem a digital de Olavo de Carvalho, que quer a demissão de Regina.
Na semana passada, o blog mostrou que o Planalto já havia identificado na secretária Regina Duarte um novo alvo da ala ideológica nas redes sociais.
A ala política do governo tenta afastar as especulações de que ela deixará o governo, mas já havia se frustrado com as manifestações do presidente na última terça-feira. Ao ser questionado sobre a permanência de Regina no governo, Bolsonaro disse que só presidente e vice não podem ser trocados.
Hoje, assessores políticos do presidente consideram ser imprevisível o desfecho da situação de Regina, mas não descartam sua saída. Isso seria um novo desgaste após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, já que tanto ele quanto a atriz são populares.
Não à toa, o impacto do “sim” de Regina foi comparado por militares ao sim de Sergio Moro quando entrou no governo.
Nos bastidores, auxiliares presidenciais sabem também que um dos motivos que a levaram para Brasília foi o fato de integrar o mesmo governo onde trabalhava Moro. Regina é admiradora de Moro desde que ele era juiz da Lava Jato.