Após o corpo de uma anciã ser trocado por de um idoso que morreu em decorrência da Covid-19 em um hospital de Maceió, o Ministério Público de Alagoas classificou o erro como grave e afirmou que a exumação não poderá ocorrer durante este período de pandemia.
“Uma situação importante é que em nenhum momento é possível ter, durante a pandemia, a exumação destes corpos. Ficando todo este processo para após a pandemia. O constrangimento as famílias e o constrangimento que cada uma daquelas pessoas que estão envolvidas neste processo pode decorrer de uma atitude incauta daqueles que não tomaram os devidos cuidados no momento de observar os protocolos”, disse a promotora de justiça, Marluce Falcão.
Ainda de acordo com informações da promotora de justiça, a confusão poderá acarretar em consequências nas esferas penal e cível. “Isto é algo grave e pode decorrer consequência tanto na esfera penal quanto na esfera cível. Este é um alerta aos órgão públicos e particulares que atuam neste processo de manejo, de identificação, de translado. Eles devem identificar o protocolo. E fica aqui uma observação sobre a importância dos hospitais no momento do manejo dos corpos para que possam fazer visivelmente a identificação destes corpos. Quando forem liberados ao necrotério, deve-se observar o devido protocolo, principalmente certificando-se que aquele corpo que estava sendo passado a funerária é o corpo reclamado”, disse a promotora.
A família do idoso informou que o corpo de Juarez foi enterrado no lugar de Benedita Francisca na sexta, 08, no sábado (9), a família foi informada da troca, gerando ainda mais dor. Após o trâmite burocrático, a família foi em busca do corpo e não o localizou. A família registrou boletim de ocorrência sobre o caso.