Coronavírus

Paciente de 11 anos se cura de covid-19 após 12 dias no CTI de hospital

A emoção de João Gabriel na saída da unidade no Fonseca – Reprodução de trecho de vídeo da equipe do hospital

Após desenvolver complicações graves da covid-19 e passar 12 dias internado no CTI do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, o jovem João Gabriel Ribeiro, de apenas 11 anos, recebeu alta hospitalar na quinta-feira. Ele saiu da unidade aplaudido pela equipe e ganhou um “certificado de vencedor da doença” ao deixar o local. Niterói possui 2.034 recuperados do novo coronavírus, de um total de 3.514 casos confirmados, segundo dados da Fundação Municipal de Saúde, que também contabiliza 137 mortes. (Veja galeria de fotos abaixo)

“João chegou com fortes dores abdominais, diarreia e vômito, e precisou ser entubado imediatamente. Pela gravidade do caso, ele tinha grandes chances de evoluir para óbito, mas com as medicações que fizemos e o suporte dado pelo hospital, o paciente evoluiu muito bem e volta agora para casa recuperado”, detalhou a médica Roberta de Mattos, uma das responsáveis pelo tratamento do adolescente.

A mãe, Marcelly Ribeiro, contou que foram dias de angústia e agradeceu a assistência prestada ao filho. “Nunca pensei que fosse passar por isso. Ver meu filho nessa situação, entre a vida e a morte, foi terrível. O pior momento para mim foi quando ele teve que ser entubado e eu não conseguia mais falar com ele por causa do coma induzido. Mas agora veio o alívio e graças a essa equipe maravilhosa e toda a estrutura que foi disponibilizada, meu filho venceu. Muita gratidão por cada profissional que salvou a vida do meu pequeno”, exclamou.

O Hospital Getulinho, que está na linha de frente no atendimento infantil à doença na cidade, conta com 20 leitos exclusivos para coronavírus, sendo 10 com estrutura de terapia intensiva e respiradores. De acordo com a diretora da unidade, Elaine Lopez, o cuidado com crianças deve ser redobrado, já que mesmo em casos leves – o que é a maioria das vezes – elas são potenciais transmissoras. Contudo, ainda segundo a diretora, apesar de raro, a doença pode desenvolver a forma grave nesses pacientes e evoluir para complicações importantes.

“As crianças não estão livres do vírus, e também podem desenvolver complicações que levam à morte. Por isso, organizamos o hospital para atendimento desses casos, dos suspeitos aos confirmados, com toda a estrutura necessária para garantir a máxima qualidade do atendimento aos nossos pacientes e a segurança aos profissionais”, destacou Elaine.

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