O Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita é comemorado nesta sexta-feira (12). A data é marcada com o objetivo de esclarecer a população sobre esse grupo de doenças enfatizando a importância do diagnóstico e tratamento precoce.
As cardiopatias congênitas são um grupo de condições clínicas decorrentes de anormalidades estruturais no aparelho cardiocirculatório presentes desde o nascimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, cerca de 130 milhões de crianças nascem no mundo e 6 milhões no Brasil com algum tipo de cardiopatia. Esse total anual de cardiopatas representa um número oito vezes maior do que a Síndrome de Down.
GRUPO DE RISCO
Em tempos de pandemia, os familiares de crianças com cardiopatias devem reforçar os cuidados para evitar infecção pela covid-19. Isso porque, recentemente, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) junto com outras entidades da área médica, incluiu os portadores como grupo de risco para o novo coronavírus.
“Devemos ter atenção especial às crianças com quadro de insuficiência cardíaca descompensada, hipertensão arterial pulmonar, cianose e aquelas que já foram submetidas à correção cirúrgica”, explica o cardiologista pediátrico e cirurgião do Hapvida, Dr. José da Silva Leitão.
As causas da cardiopatia congênita são variadas e incluem fatores ambientais, genéticos, doenças maternas como diabetes, sífilis, lúpus e rubéola, além do uso de medicamentos e drogas durante o momento de formação fetal. O especialista chama atenção para a necessidade de manutenção do aleitamento materno.
ALEITAMENTO MATERNO
“O aleitamento não deve ser suspenso, mesmo quando a mãe é um caso suspeito de coronavírus. Em relação ao uso de medicações, a minha recomendação é que os pais sigam as orientações do médico que acompanha a criança e evitem realizar qualquer tipo de mudança sem o aval do especialista”, orienta.
Para Dr. José Leitão, o isolamento social ainda é a melhor ferramenta para evitar possíveis infecções e contribuir para manter a saúde das crianças com cardiopatia congênita em dia. “O melhor tratamento é a prevenção”, conclui.