Representantes das Associações de Lojistas dos Shoppings e Galerias de Alagoas enviaram um ofício ao governador Renan Filho (MDB) e a demais autoridades governamentais sobre a crítica situação de estabelecimentos comerciais durante a pandemia do coronavírus, que atingiu Alagoas e diversas partes do planeta.
De acordo com o documento, os lojistas afirmam que não têm condições de manter os postos de empregos sem faturamento por mais de três meses. A situação segundo eles, já chegou ao limite. Os empresários alegam ainda que vendedores informais desobedecem o decreto emergencial do governo e que continuam trabalhando, enquanto lojas estão fechadas.
“Nenhuma empresa consegue sobreviver a mais de 3 meses sem faturamento! O caixa já deixou de existir desde o primeiro mês, suspender encargos é apenas jogar o problema lá pra frente, garantir a estabilidade dos empregos é impossível sem faturamento! As empresas sérias, que pagam seus impostos estão sendo obrigadas a fechar as portas enquanto todo o comércio informal vende como se fosse temporada!”, pontuou o ofício.
Segundo a associação, estabelecimentos como shoppings já têm condições de reabrir suas portas devido às suas estruturas para respeitar o distanciamento social e outras normas sanitárias.
“Nós dos shoppings, temos como garantir que todos os protocolos sejam cumpridos, temos como controlar a quantidade de pessoas circulando, bem como intensificando os cuidados com a saúde dos nossos clientes e colaboradores! Se é para ficar fechado, que tudo feche! Mas flexibilizar abertura de alguns em detrimento do fechamento de outros, foge totalmente do nosso entendimento. Não é mais uma questão de manter empregos, é uma questão de sobrevivência”, seguiu o documento.
Os comerciantes finalizando o documento cobrando ação ao governo estadual e comparou a situação sanitária alagoana com outros estados nordestinos com Ceará e Pernambuco, que já retomaram atividades comerciais mesmo registrando índices de infectados e de óbitos maiores que os de Alagoas.
“No Nordeste, Ceará e Pernambuco, os Estados com mais casos confirmados, já retornaram com a abertura dos shoppings, o que Alagoas está esperando?! Nossos shoppings são responsáveis por 10 mil empregos diretos, mais de 700 milhões em vendas perdidas! Esses números não fecham a conta e a cada minuto se transformam em prejuízos!”, finalizou.