O procurador-geral de justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, já nomeou os novos integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL). Os promotores de justiça que agora compõem a mais recente formação dos dois colegiados já começaram a trabalhar nas investigações que estão em curso na instituição.
De acordo com o chefe do MPAL, a nova composição em nada mudará a atuação do Gaeco e do Gaesf, que são dois braços fortes e de apoio à administração superior: “O Gaeco tem um papel importantíssimo no enfrentamento à corrupção e aos crimes de colarinho branco, além do tráfico de drogas e armas. Já o Gaesf atua recuperando impostos que foram sonegados, tipo de crime que gera um enorme prejuízo ao tesouro estadual. Os dois órgãos seguirão cumprindo o seu fundamental papel. A mudança ocorrida é rotineira e os novos integrantes, tenho certeza, vão continuar desenvolvendo um grande trabalho”, afirmou Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.
Para o Gaeco foram nomeados os promotores Thiago Chacon e Marta Bueno, e o promotor Kleber Valadares será designado em breve para a mesma missão. Antonio Luiz dos Santos Filho seguirá coordenando o Grupo, que continuará ainda com Hamílton Carneiro e Elísio Maia. Já o Gaesf conta atualmente com os promotores de justiça Marília Cerqueira e Anderson Cláudio de Almeida, e vai permanecer com Cyro Blatter no comando.
Os dados do Gaeco e Gaesf
O Gaeco tem atuado incessantemente para desbaratar quadrilhas que insistem em praticar os mais diferentes tipos de crimes, como tráfico de entorpecentes e armas, estelionato, fraudes e aqueles que objetivam desviar recursos públicos. Para se ter uma ideia da operacionalidade da equipe, somente nos três últimos anos, as operações resultaram em 381 prisões e 956 mandados de busca e apreensão.
O Grupo soma também 127 ações penais ajuizadas contra 1.359 denunciados. Tais números são resultados de 137 procedimentos investigatórios criminais (PICs) instaurados entre 2017 e fevereiro deste ano.
Já o Gaeco, cuja missão maior é recuperar recursos que foram sonegados por grandes empresas, cuja atuação é feita em parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), a Procuradoria-Geral do Estado e as Polícias Civil e Militar, está mais de R$ 444 milhões em impostos sonegados em processo de recuperação. Tal número é resultado de 15 operações que tiveram 76 pessoas presas e 258 mandados de busca e apreensão expedidos.
Além do dinheiro devolvido aos cofres públicos, o colegiado também conseguiu converter os recursos sonegados em dois veículos à Polícia Civil, duas caminhonetes para a Uncisal, uma casa doada para servir de ambulatório da Uncisal, um imóvel para a Deic da Polícia Civil e uma sala para o estado de Alagoas. Além disso, estão em processo final de doação um veículo para o comando da Polícia Militar e um terreno para servir de construção para uma unidade da PM em Maceió.