A questão é que o remédio, fornecido pelo Governo do Estado, está em falta e Pedro Abreu foi obrigado a interromper o tratamento
Pedro Arthur Abreu Bezerra Carvalho tem 13 anos e desde que nasceu convive com a Miastenia Gravis (MG), uma doença rara autoimune que afeta a comunicação entre o sistema nervoso e os músculos. Devido à sua condição, o garoto precisa fazer infusões mensais do medicamento Imunoglobulina Humana.
A questão é que o remédio, fornecido pelo Governo do Estado, está em falta e Pedro Abreu foi obrigado a interromper o tratamento. Por mês, Pedro necessita de 15 frascos de Imunoglobulina Humana e como não está fazendo uso da medicação, os sintomas já começaram a surgir e agora ele aguarda um leito para ser internado em um hospital de Maceió.
“Ele sente fraqueza ao andar e usa respirador por conta da fraqueza que está ficando generalizada. Ele tem a doença desde que nasceu, mas o diagnóstico só veio em 2015 quando começou a ter crises de parar de andar, que chama ataxia. Peguei o medicamento mês passado e estava agendado para pegar no último dia 7, mas desde essa data que venho tentando pegar, sem sucesso. Hoje, estou esperando uma vaga no hospital para interná-lo”, disse ao Alagoas 24 Horas, a mãe de Pedro, Elaine Cristina Bezerra Abreu Carvalho.
Elaine Cristina contou que ainda que o medicamento é fornecido pelo Sistema Único de Saúde e entregue pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), antiga Farmex. Lá, eles alegam que o repasse do medicamento não foi feito pelo Ministério da Saúde, sendo este o motivo da falta.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que o quantitativo do último trimestre da Imunoglobulina Humana foi enviado pelo Governo Federal na última sexta-feira (10), mas de forma reduzida. Desde segunda-feira (13), voltou a ser distribuído pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf).
Confira nota:
Distribuição de Imunoglobulina
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que a imunoglobulina é adquirida exclusivamente pelo Ministério da Saúde (MS), o qual informou que a matéria-prima do medicamento é importada e está com dificuldade para aquisição. Por conta disso, o quantitativo do último trimestre foi enviado pelo Governo Federal na última sexta-feira (10), mas de forma reduzida e, desde segunda-feira (13), voltou a ser distribuído pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf).