Polícia

Lava Jato em Maceió: PF cumpre mandados contra fraudes na Petrobras

PF/AL

Agentes da PF cumprem mandados em salas de empresarial no bairro de Mangabeiras, em Maceió

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta (19) mandados de busca e apreensão e de prisão em Maceió. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e fazem parte da 72ª fase da Operação Lava Jato. Além da capital alagoana, estão sendo cumpridos mandos em São Paulo e Rio de Janeiro.

Agentes da PF cumpriram mandados em um empresarial localizado no bairro de Mangabeiras, em Maceió. Contudo, a empresa do escritório não foi identificada, nem seu proprietário.

Segundo a investigação do Ministério Público Federal, foi detectada uma organização criminosa que fraudava o caráter competitivo da licitações e pagava, de forma sistemática, propina a altos executivos da Petrobras e outras empresas, como a Transpetro.

A suspeita da força-tarefa é que um estaleiro contratado por R$ 857 milhões para fornecer navios pagou propina para um funcionário da Transpetro. O valor da propina, o nome do estaleiro e do funcionário não foram divulgados pela PF.

O esquema de corrupção e lavagem de dinheiro funcionava, segundo a PF, através da celebração de contratos de compra e venda de navios feitos pela Transpetro com o estaleiro através do Programa do Governo Federal para a reestruturação da indústria naval brasileira, conhecido como Promef.

Ainda conforme as investigações, a contratação teria sido feita desconsiderando estudos de consultorias que apontavam que o estaleiro não teria as condições técnicas e financeiras adequadas para a construção dos referidos navios.

Disfarce

O pagamento de propina ao então executivo da Transpetro, segundo a PF, teria sido disfarçado através de um contrato falso de investimento em uma empresa estrangeira, que previa o pagamento de uma multa de R$ 28 milhões, em caso de cancelamento do aporte.

O contrato foi feito entre uma empresa do grupo dos investigados relacionados ao estaleiro e uma empresa ligada ao executivo da Transpetro. A remessa dos valores da vantagem indevida teria sido feita por meio de várias transferências, através de contas bancárias no exterior.