Futebol

PSG e Lyon fazem história na Champions League com dirigentes boleiros e brasileiros: Leonardo e Juninho Pernambucano!

Por que valorizamos apenas os craques brasileiros que atuam no gramado e esquecemos de valorizar os dirigentes brasileiros, ex-boleiros, que comandam equipes na Europa?

Vimos o cinquentão Leonardo brilhar na lateral-esquerda e depois na meia, em passagens pelo Flamengo, São Paulo, Paris-Saint Germain, Milan, Kashima Antlers, e claro, Seleção brasileira em duas Copas do Mundo: 1994 e 1998. O ex-jogador soube aproveitar o estrangeiro, viajou o mundo, estudou, aprendeu vários idiomas, segurou a onda das polêmicas do sempre mimado e polêmico Neymar, e nesta terça (18), com um excelente trabalho de bastidores e na montagem de um timaço, com Neymar, Mbappé, Di Maria, Marquinhos, Thiago Silva, entre outros, colocou o Paris-Saint Germain pela primeira vez em uma final da Champions League, ao superar o RB Leipzig, da Alemanha, por 3 a 0. Gols de Marquinhos, Di Maria e Bernat.

Não é pouco. Apenas seis clubes franceses tiveram essa oportunidade e só o Olympique de Marselha conseguiu ser campeão em 1992-93. Stade Reims, duas vezes, Saint-Étienne e Monaco foram vices, entre os anos de 1956-2020. Leonardo não teve a sorte dos jogadores brasileiros que fazem parte do time atual de alcançarem esse feito. Mas ele é parte dessa conquista. Se o PSG faturar o titulo inédito estará para sempre na história.

Leonardo já está na final. O ex-jogador Juninho Pernambucano ainda não. O diretor de futebol do Lyon, também da França, foi outro craque do futebol brasileiro. Um meia pernambucano habilidoso revelado pelo Sport, consagrado no Vasco, e com carreira na Seleção na Brasileira, na Copa de 2006.

A missão da equipe de Juninho é muito mais difícil. O time francês terá que superar o alemão Bayern de Munique, algoz do Barcelona, na goleada por 8 a 2, nesta quarta (19), no segundo duelo na semifinal. Missão complicada, mas não impossível. Em futebol já vi de tudo. Quem imaginou um dia que o Barça de Messi tomaria de 8 dos alemães, ou que a Seleção Brasileira fosse humilhada por 7 a 1, também pelos  alemães.

O Lyon chegou à semifinal da Champions como uma das zebras da competição, mas é bom lembrar que o clube eliminou a Juventus, do Cristiano Ronaldo, e o Manchester City, de Pep Guardiola, nas fases anteriores.

Caso o Lyon repita o feito do PSG, e também chegue à final inédita da Champions League, ver brasileiros em campo pelo time de Paris (Neymar, Marquinhos, Thiago Silva), e de Lyon (Bruno Guimarães, Marcelo e Marçal (titulares na última partida) Rafael, Thiago Mendes e Jean Lucas (reservas), será normal. Mas ver dois ex-jogadores comandando os bastidores de dois times franceses na decisão da Champions League, será um outro patamar para o país do futebol.